A Defesa Civil de Belém, a Agência Distrital e a Secretaria de Meio Ambiente (Semma) vistoriaram a área onde houve o desabamento de uma obra na tarde de ontem (13) em Mosqueiro, na praia do Paraíso. O acidente causou a morte do operário Enildo Borges dos Santos, 50. Segundo o órgão, o dono do empreendimento não apresentou licenças ambiental nem da obra.
De acordo com a agente distrital de Mosqueiro, Vanessa Egla, todos os proprietários de empreendimentos localizados nas zonas de risco de deslizamento de barranco de Mosqueiro foram alertados há três anos sobre os riscos decorrentes das intempéries naturais. “Todas essas áreas, aliás, estão mapeadas e interditadas pela Defesa Civil, por isso, é lamentável a situação ocorrida, pois a Prefeitura de Belém mantém o alerta, fechando e isolando vias e, infelizmente, os avisos não são atendidos e uma vida foi perdida nesse acidente”, lamentou a agente.
De acordo com o tenente-coronel BM, Anderson Campos, comandante do 20º Grupamento de Bombeiro Militar de Mosqueiro, a área do acidente sofre com forte processo erosivo acentuado, deixando o solo fragilizado e sujeito ao deslizamento da massa. “Nós levamos de 15 a 18 minutos para chegar ao local, mas infelizmente, detectamos o deslizamento de massa e uma pessoa soterrada. Iniciamos o resgate, porém os sinais vitais estavam muito baixos e a pessoas morreu”, relatou o comandante.
Alerta – A Prefeitura de Belém com apoio do Corpo de Bombeiros de Mosqueiro voltará a intensificar os avisos de alerta nas áreas que apresentam maior risco de deslizamento de massas. Segundo o tenente-coronel BM, Anderson Campos, os primeiros quinze dias do mês de janeiro são perigosos nas praias do distrito, sobretudo, a praia do Paraíso, local onde ocorreu o desabamento.“Os primeiros dias de janeiro registram ocorrências de afogamentos devido à combinação de chuvas, ventos e marés altas, as pessoas precisam entender esses riscos e nos ajudar na preservação de vidas”, destacou o comandante.
A Prefeitura de Belém segue acompanhando o caso e orienta moradores e banhistas a evitarem as áreas de risco, sobretudo nesse início do período do inverno amazônico, quando as marés chegam a quatro metros de altura, correntezas, chuvas e ventos fortes. “Pedimos as pessoas para respeitarem e não retirarem as placas de sinalização de risco, em nome da prevenção e a segurança de todos”, reforça a agente distrital de Mosqueiro, Vanessa Egla.