Nesta quarta-feira, 20, o corpo de João Alisson Plácido, de apenas três anos, foi enterrado na Zona Leste de São Paulo. Ele foi esquecido, na última segunda-feira, 18, dentro de uma van escolar no bairro Mooca (SP) por horas, em uma forte temperatura de aproximadamente 37,3°C.
João Alisson, que era aluno de uma escola particular em convênio com a prefeitura, estava em uma van regularizada, mas que era individual e não estava no cadastro municipal, de acordo com a prefeitura da capital. A van deixou as crianças no colégio por volta das 7h45 e estacionou ao lado de um poste. João foi esquecido lá dentro, ficando no veículo até quase o fim daquela tarde. A diretora da instituição, Maria do Carmo Pereira, que é responsável pelo transporte dos estudantes, comentou que só percebeu o erro e a falta da criança na saída das aulas.
Na cerimônia ocorrida no cemitério de Vila Formosa, estiveram presentes familiares, amigos e funcionários da escola em que o garoto estudava. Nesta terça-feira, 19, a motorista do veículo, identificada como Luciana Feliciano, de 52 anos, foi presa sob acusação de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No entanto, a Justiça logo concedeu liberdade provisória à motorista, que teve sua licença de direção suspensa e precisará comparecer em juízo todo mês, além de manter o endereço atualizado e não sair da cidade por mais de oito dias sem avisar a Justiça. Ela também pagará a fiança de dois salários-mínimos.
A nota da Secretaria da Segurança Pública (SSP) contou um pouco do que foi relatado pela motorista. “Quando ela foi buscar as crianças na escola, notou que o menino não estava lá. Ela foi até a van e localizou o corpo do menino. Prontamente, a mulher acionou a PM”, dizia o texto. A Prefeitura do município lamentou o ocorrido e prestou solidariedade para qualquer apoio necessário à família. “A Prefeitura de São Paulo está consternada e lamenta profundamente o ocorrido. A Diretoria Regional de Educação (DRE) acompanha o caso e o Núcleo de Apoio e Acompanhamento para a Aprendizagem (NAAPA), composto por psicólogos e psicopedagogos, foi acionado para atender a família. (…) A DRE está à disposição das autoridades competentes para auxiliar na investigação e a pasta permanece disponível para prestar todo o apoio necessário aos familiares.”, afirmou o órgão. Esse já é o segundo caso de morte de crianças esquecidas em veículos em São Paulo em menos de um mês.
