////

Lá vem ela: chuva do último final de semana não vai se repetir, afirma meteorologista do Inmet

No último final de semana uma forte chuva castigou Belém e região metropolitana provocando enchentes e alagamentos em vários bairros. A água invadiu restaurantes, casas e até estragou a festa de aniversário de uma criança e fez surgir uma cratera na Arterial, em Ananindeua.

De acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Pará, José Raimundo, a forte chuva era esperada.

“A chuva que ocorreu no sábado, 6, era esperada sim, tanto que o Inmet divulgou um aviso laranja, de chuva forte e intensa. E o alerta laranja indica um acumulado de chuva superior a 50 milímetros, e deu até mais que isso, deu 116 milímetros. Essa forte chuva do último final de semana ocorreu devido a um acumulado de nuvens da zona de convergência intertropical, abaixo da linha do Equador, centrado no litoral do Marajó, resultou na chuva de 116.9 milímetros, que foi a maior chuva registrada em janeiro dois últimos anos. Já atingimos 60% do esperado para o mês todo, que é de 393 milímetros”, explicou o meteorologista.

Meteorologista do Inmet afirma que chuva forte do último final de semana não vai mais ocorrer. Imegem reprodução.

PRÓXIMOS DIAS: PREVISÃO

Com relação à projeção de chuvas para as próximas semanas de janeiro, o espcialista afirma que não vai chover de forma tão intensa como ocorreu no último final de semana.

“Não vai acontecer chuva semelhante ao sábado dia 06, a previsão é de chuva fraca e moderada e os totais pluviométricos de cada dia no período de 10 a 15/01/2024 é de aproximadamente 10 milímetros por dia, nos próximos 6 dias, totalizando 60 milímetros. Portanto, metade do que ocorreu em 10 horas de chuvas no sábado pra domingo, no último final de semana. A previsão é ceu nublado alternando com períodos de parcialmente nublado, pela manhã, e à tarde para noite, evolui para nublado com chuva em áreas isoladas. O tempo vai melhorar nas próximas 36 horas, e dia 12/01 e 13/01, predomina ceu nublado, mais os índices pluviométricos baixo. Não terá tempestades.”, tranquiliza o meteorologista.

CUIDADOS EM DIAS DE TEMPESTADES

Por fim, em casos de chuvas fortes por longas horas, José Raimundo destaca cuidados para a população atentar e evitar acidentes.

“Depende do local que a pessoa está ou não vulnerável, o principal é não estar exposto a descargas elétricas, como raios e trovões, em local de alagamento ou rajada de vento que possam destelhar casas, galpões ou derrubar árvores etc. Fora que isso (alagamentos em chuvas fortes) é consciência das pessoas em não jogar lixo na rua, porque, ao entupir bueiros e igarapé e canais, não permite o escoamento das águas, causando transtornos e os alagamentos que a gente vê”, adverte.

Neste mês, foi iniciado na cidade o Limpezão Emergencial, operação coordenada pela Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), que busca intensificar a coleta de lixo na cidade, principalmente nos pontos críticos de descarte irregular, além realizar o serviço de limpeza de canais e roçagem de praças e ambientes públicos da cidade.

A ação conta com 1.403 agentes de limpeza, 74 caminhões caçambas, 11 pás escavadeiras, 12 retroescavadeiras, 121 caçambas e 21 roçadeiras para recolher resíduos e limpar toda a cidade. 

MARÉS ALTAS

A Defesa Civil de Belém divulgou o horário das tábuas de maré na cidade para alertar a população, caso coincida a chuva com o nível alto dos rios, que banham a capital e os distritos. Nesta quarta-feira, 10, a maré alta em Belém chegará a 3.3 metros, às 22h49. Já em Mosqueiro e região das ilhas vai alcançar 3.6 metros, às 21h58. 

Para minimizar os possíveis transtornos causados pelo fenômeno natural ao coincidir com a chuva, a Prefeitura de Belém vem realizando limpeza de canais e bueiros da cidade, de modo a facilitar o escoamento da água nas vias da cidade após as fortes chuvas vivenciadas nesta época de inverno amazônico.