O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso em flagrante pela Polícia Federal nesta quinta-feira, após agentes encontrarem uma arma de fogo sem registro em sua residência. A operação, que também teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi realizada em dez estados do país e visa apurar a participação de pessoas na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito, com o objetivo de obter vantagem política com a manutenção do ex-chefe do Executivo no poder.
A arma encontrada na casa de Neto pertenceria ao seu filho. Além da apreensão da arma, a PF encontrou pepitas de ouro, que serão periciadas como parte das investigações.
Além do presidente do PL, foram presos o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Filipe Martins, e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Marcelo Câmara, ambos com histórico de trabalho próximo ao ex-presidente.
Os agentes também aplicaram medidas restritivas ao ex-presidente Bolsonaro, incluindo a apreensão de seu passaporte. Outros alvos da operação incluem os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa).
Ao todo, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. Estas medidas incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de sair do país, com a entrega dos passaportes em até 24 horas, e a suspensão do exercício de funções públicas.
A operação da Polícia Federal, que conta com mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), está em curso nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.