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Força Nacional reforça trabalhos de busca pelos fugitivos de Penitenciária Federal em Mossoró

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, autorizou nesta segunda-feira, 19, o emprego da Força Nacional na busca pelos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. A medida foi tomada após um pedido do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos, com o aval da governadora do estado, Fátima Bezerra (PT).

O reforço contará com 100 homens e 20 viaturas, que se somarão aos 500 profissionais já mobilizados, entre agentes da PF, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e forças locais. Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, ligados à facção criminosa Comando Vermelho, e estavam na unidade prisional de segurança máxima desde setembro de 2023.

O Ministério da Justiça anunciou uma recompensa de R$ 10 mil por informações que levem à captura dos fugitivos.

Deibson Cabral Nascimento (à esquerda) e Rogério da Silva Mendonça (à direita) são ligados à facção criminosa Comando Vermelho e estavam presos desde setembro de 2023 em Mossoró. Imagem reprodução.

A fuga dos detentos, a primeira registrada no Sistema Penitenciário Federal, ocorreu na semana passada. Imagens mostraram um buraco na cela de um dos fugitivos, que respondem a mais de 30 processos, incluindo homicídios, roubos, tráfico de drogas e participação em organização criminosa.

O terreno onde os fugitivos se encontram é complexo, coberto por mata, em uma zona rural com casas esparsas e uma extensa área de difícil acesso. Lewandowski ressaltou que não há prazo para captura dos criminosos e afirmou que “possíveis falhas do presídio já estão sendo corrigidas para garantir a segurança máxima do local”.

SINAL DE CELULAR NA DIVISA COM O CEARÁ

Já se completa sete dias de buscas e agora a estratégia das equipes se concentram na divisa do Rio Grande do Norte com o estado do Ceará, onde a inteligência policial detectou sinais de celular indicando uma área rural na divisa com o Ceará.

A localização estimada da dupla foi feita pela geolocalização de dois celulares roubados pelos criminosos após a fuga. A localização pode não ser precisa, já que investigadores suspeitam que os aparelhos tenham ficado sem bateria.

Os investigadores acreditam que os dois criminosos permanecem na região e não conseguiram abrir muita distância do local do presídio.