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“Não deixaremos usarem a imagem do Marajó de má fé”, diz jornalista marajoara sobre repercussão

Nas últimas 24h, o arquipélago do Marajó esteve entre os assuntos mais comentados nas redes sociais. Portais de notícias, famosos, influenciadores digitais e internautas subiram a tag “Pesquise sobre o Marajó”. O assunto veio à tona após a participação da cantora Aymeê Rocha em um reality show com uma música onde denúncia a exploração infantil na região marajoara.

Entretanto, a polêmica levantou a indignação de moradores da região sobre o sensacionalismo veiculado nas publicações. O jornalista marajoara, Marlon Nascimento, expressou sua opinião sobre a repercussão.

“Eu tenho visto muita gente falar de Marajó sem conhecer a nossa realidade. Nós, de fato, temos questões sociais a enfrentar, jamais iremos esconder os desafios que temos, o que não podemos deixar é pessoas usarem de má fé para tirar a nossa alegria de ser marajoara”, disse o jornalista.

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SOBRE A ILHA DO MARAJÓ

A Ilha do Marajó é conhecida como a maior ilha fluviomarítima do mundo, com quase 50 mil km², composta por 16 municípios, sendo eles: Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure.

Desde 2006, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados abriu uma investigação para apurar caso de aliciadores levando crianças para se prostituirem em Belém e na Guiana Francesa. Muitos municípios da região convivem com a pobreza e a miséria, um deles, inclusive, tem o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil.

Um ativista da região é o bispo emérito do Marajó, Dom José Luis Azcona Hermoso. Azcona denunciou casos de pedofilia e exploração sexual de crianças e adolescentes no Marajó por políticos e empresários locais. A denúncia deu origem à CPI da Pedofilia na Assembleia Legislativa do Pará e no Congresso Nacional.