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Operação da Polícia Civil no Marajó resulta em três prisões por estupro de vulnerável e violência doméstica

A Polícia Civil do Pará finalizou a primeira etapa da Operação Sentinela Marajó, uma força-tarefa que intensificou as ações de prevenção e repressão à violência sexual e doméstica contra mulheres, crianças e adolescentes no Arquipélago do Marajó, no Pará. Coordenada pela Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), com apoio da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), a operação contou com equipes compostas por delegados, escrivães e investigadores que atuaram diariamente desde 25 de fevereiro.

O objetivo da operação foi apurar denúncias e investigar crimes de estupro e violência doméstica, oferecendo atendimento à população com lavratura de boletins de ocorrência, instauração de procedimentos policiais e realização de reuniões e palestras com integrantes da rede de proteção local.

Imagem reprodução: Polícia Civil-PA.

“Estamos avançando na apuração de crimes e violações de direitos contra mulheres, crianças e adolescentes. Além de promover reforço operacional nas unidades, também já ofertamos capacitação para nivelamento no atendimento humanizado realizado por policiais civis e servidores nas delegacias, e orientações para profissionais que atuam na rede de proteção, educação e saúde. O projeto faz parte do calendário de ações da Polícia Civi,l e representa um esforço significativo para fortalecer a segurança e proteção dos grupos vulneráveis nos municípios do Marajó”, destacou o delegado-geral de Polícia Civil, Walter Resende.

RESULTADOS

Durante a primeira fase da operação, foram apuradas 81 denúncias, instaurados 34 procedimentos, registrados 16 boletins de ocorrência e realizadas cinco prisões, sendo duas em flagrante por violência doméstica nas cidades de Bagre e Portel. Houve também uma prisão em flagrante por estupro de vulnerável em Gurupá, e dois mandados de prisão cumpridos, um por estupro de vulnerável em Melgaço e outro por violência doméstica em Oeiras do Pará.

Além das ações repressivas, a operação também enfatizou a prevenção do crime por meio de encontros com profissionais da saúde, educação e conselhos tutelares, apresentando os tipos de crimes cometidos contra crianças, adolescentes e mulheres, e reforçando a importância do registro de ocorrência.

De forma itinerante, as equipes compostas por 30 servidores, entre delegados, investigadores e escrivães, atuam nas áreas da 5ª Região Integrada de Segurança Pública e Defesa Social (Risp) do Marajó Oriental, que inclui os municípios de Cachoeira do Arari, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, Santa Cruz do Arari e Soure, e da 8ª Risp, que contempla Afuá, Anajás, Bagre, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Portel e São Sebastião da Boa Vista.

Para a delegada Ariane Melo Rodrigues, diretora da DAV, a campanha tem uma série de estratégias integradas, com foco não apenas na repressão aos crimes, mas também na promoção da segurança pública e proteção dos direitos humanos.

“Essa operação é mais uma ação, dentro de um plano macro da Polícia Civil no enfrentamento da violência contra mulheres, crianças e adolescentes. Agindo de forma preventiva e repressiva, somando esforços às equipes locais no cumprimento de procedimentos próprios da polícia investigativa, além de buscar indícios de possíveis casos subnotificados”, contou a delegada.

DENUNCIE!

As denúncias podem ser feitas pelo aplicativo WhatsApp (91) 98115-9181, ou pelo Disque-Denúncia, 181, garantindo sigilo e anonimato. A Operação Sentinela Marajó representa um esforço significativo da Polícia Civil para fortalecer a segurança e proteção dos grupos vulneráveis nos municípios do Marajó, promovendo o enfrentamento da violência e a garantia dos direitos humanos.