Um bebê venezuelano da etnia Warao morreu na noite de segunda, 11, em uma casa alugada que funciona como abrigo, na Travessa Campos Sales, no bairro da Campina, na capital paraense.
A Polícia Científica foi acionada por volta das 19h para remover o corpo da criança. A vítima, identificada como Thaís Maria Moreno Zapatta, tinha dois meses de idade. Moradores que vivem na mesma rua do abrigo dizem que o local é ‘totalmente insalubre’.
Em nota, a Secretria Municipal de Saúde (Sesma) disse que a causa da morte da criança será investigada pelo IML e pelo Serviço de Verificação de Óbitos. A principal suspeita é de morte acidental.
Confira a nota completa abaixo:
“A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informa que, regularmente, os indígenas que residem neste abrigo, no bairro da Campina, recebem visitas das equipes do Consultório de Rua (CNAR) do Outeiro e do Ver-o-Peso. Durante os últimos atendimentos, a criança não apresentou nenhum tipo de enfermidade. No entanto, na tarde desta segunda-feira, 11, as equipes de saúde que estiveram no local (em mais um acompanhamento de rotina), foram informadas pela mãe da criança da morte às 10h da manhã. A equipe do consultório na rua, imediatamente, orientou os pais da criança a registrarem um boletim de ocorrência para que o Serviço de Verificação de óbito (SVO) fosse acionado, o que foi recusado. Então, a assistente social, que integra a equipe de saúde da Sesma, realizou o procedimento e o corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML). A causa da morte da criança será investigada pelo IML e pelo Serviço de Verificação de Óbitos. A principal suspeita é de morte acidental. Nesta terça-feira, 12, representantes da Sesma participarão de uma reunião com o Comitê Intergestor de Migrantes e Refugiados, na qual será pautada, novamente, a interdição deste abrigo. Também será feita assembleia com as lideranças indígenas Warao e as equipes de saúde que atuam na região, para tomada de decisões compartilhadas. É que há resistência dos indígenas em receberem os atendimentos de saúde, o que dificulta o trabalho das equipes, que não conseguem intervir efetivamente na prevenção e promoção a saúde dos moradores do espaço”.