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Dorival sobre Robinho: “se cometeu crime, tem que ser penalizado”

Técnico da Seleção Brasileira de futebol, Dorival Jr.

Dorival Júnior comentou os casos de Robinho e Daniel Alves, condenados por estupro.  O técnico da Seleção disse que Robinho é uma pessoa “fantástica, profissional e acima da média”, mas que se foi comprovado o crime, ele tem que ser penalizado. 

Durante a declaração, Dorival diz se preocupar com a família dos envolvidos. O ex-jogador foi preso para cumprir no Brasil a pena de nove anos por estuprar uma mulher na Itália. O jogador foi condenado no país europeu.

“É uma situação muito delicada. Robinho foi meu atleta, uma pessoa fantástica, um profissional desses, dentro da nossa convivência, acima da média. É um momento difícil para nos expressarmos. Entendo que primeiro eu penso nas famílias das pessoas envolvidas. Nas famílias principalmente das vítimas desses episódios. Episódios que acontecem diariamente no Brasil e em todo mundo, que são abafados pois as pessoas não têm vozes. Se houve realmente e comprovaram algum tipo de crime, ele tem que ser penalizado, por mais que doa no meu coração sobre uma pessoa que tive convívio excepcional”, declarou o treinador.

“Mas olho mais para as famílias das vítimas e deles também. Não desejo isso a ninguém. Sinto por todos. Sinto por tudo que passarão a partir de então nas suas vidas. Posso ajudar em orações, nada além disso. É o sentimento que fica. Não só esses casos, mas milhares deles acontecem ao longo dos dias e a sociedade infelizmente se omite da grande maioria. Precisamos penalizar os casos que não são expostos e acontecem com muita frequência”, continuou Dorival.

Sobre Daniel Alves

Outro caso de um ex-jogador da Seleção Brasileira condenado por estupro e que voltou à tona nesta semana foi o de Daniel Alves.

Ele terá que cumprir uma pena de quatro anos e seis meses na Espanha, mas recorreu e a Justiça espanhola determinou que pode aguardar em liberdade, desde que pague 1 milhão de euros (R$ 5,5 milhões) — o que ainda não fez. Dorival disse que não trabalhou com Daniel.

“Não tive oportunidade de trabalhar com o Daniel, mas a história dele dentro do futebol todos nós conhecemos. Fico, naturalmente, até… É um momento difícil para nós expressarmos toda e qualquer situação. Primeiro eu penso nas famílias das pessoas envolvidas e principalmente das vítimas envolvidas nesses episódios, que acontecem diariamente no nosso país e em todo mundo e que, de repente, não são abordados, são abafados porque as pessoas não têm voz”, complementou.

Robinho foi preso na noite da última quinta-feira (21), em seu apartamento, em Santos, após o juiz Mateus Castelo Branco expedir a prisão. A condenação na Itália e referendada no Brasil é de 9 anos.