O embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, foi convocado nesta segunda-feira (25) pelo Ministério das Relações Exteriores para prestar esclarecimentos sobre a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro nas dependências da embaixada do país europeu, em fevereiro.
Na linguagem das relações diplomáticas, a convocação de um embaixador para esclarecimentos é uma manifestação de contrariedade do país anfitrião.
Segundo o jornal “The New York Times”, Bolsonaro teria passado duas noites na sede da Embaixada da Hungria, quatro dias depois de ter sido alvo de operação da Polícia Federal, no dia 8 de fevereiro, sobre suposta tentativa de golpe de Estado. Na operação da PF, Bolsonaro teve seu passaporte apreendido.
Miklós Halmai aparece nas imagens gravadas pelas câmeras de segurança da embaixada, em Brasília. Após a revelação dos vídeos, a Polícia Federal informou que investigará o episódio em razão de suspeitas de que a permanência do local tenha sido uma tentativa de evitar um eventual pedido de prisão. A defesa do ex-presidente refuta essa interpretação e, em nota, afirmou que Bolsonaro ficou na embaixada a convite do país para conversar com autoridades sobre a situação do Brasil.
