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Carlos Bolsonaro visitou o pai na Embaixada da Hungria

Segundo fontes da família Bolsonaro, Carlos Bolsonaro seria o homem que visitou o ex-presidente na embaixada húngara, em Brasília.

A estada de Bolsonaro foi revelada pelo jornal americano The New York Times, no qual teve acesso a vídeos do sistema de segurança da Embaixada. Conforme as informações contidas nas imagens, o ex-presidente chegou ao local no dia 12 de fevereiro e permaneceu hospedado na embaixada até o dia 14 de fevereiro.

No dia 13 de fevereiro, às 20h38, segundo fontes, o homem não identificado do vídeo é Carlos Bolsonaro, o qual chegou no banco traseiro de um carro e entrou na embaixada com uma mochila.

Motivo da hospedagem – Conforme a Convenção de Viena, da qual o Brasil é signatário, embaixadas são invioláveis sob jurisdição de outros países, não podendo ser objeto de embargo, busca, requisição ou medida de execução. Portanto, mesmo que exista uma ordem de prisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente brasileiro não poderá ser detido dentro da embaixada sem autorização das autoridades da Hungria.

Jair Bolsonaro possui uma relação próxima com o atual primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. Os dois já haviam se encontrado em dezembro, quando o ex-presidente prestigiou a posse de Javier Milei, em Buenos Aires.

Prisão preventiva – Diversos parlamentares de esquerda passaram a pedir que o STF decrete a prisão preventiva do ex-presidente, após a divulgação da visita à Embaixada da Hungria.

Relator de uma série de inquéritos contra o Bolsonaro, Moraes já considerou pedidos de asilo político como motivo de prisão preventiva. Ademais, em uma decisão de agosto de 2021, o ministro usou os pedidos de asilo feitos pelo ex-deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ), visando apontar risco de fuga e manter o parlamentar preso, que na época estava detido por desrespeitar o uso da tornozeleira eletrônica. Moraes negou a solicitação de defesa para que Bolsonaro fosse solto.

“Diante da manutenção das circunstâncias fáticas que resultaram no restabelecimento prisão, somadas à tentativa de obtenção de asilo político para evadir-se da aplicação da lei penal, a manutenção da restrição de liberdade é a medida que se impõe para garantia da ordem pública e aplicação da lei penal”, argumentou Moraes na decisão.

Nesta semana, o ministro do STF Alexandre de Moraes deu um prazo de 48 horas para Bolsonaro explicar a visita. O esclarecimento foi entregue pela defesa do ex-presidente nesta quarta-feira, 27.

*Matéria realizada com informações do Portal Metrópoles.