A Polícia Civil do Pará prendeu, nesta quinta-feira, 28, em Belém, uma falsa biomédica – que ainda é estudante de biomedicina – e está sendo investigada por lesão corporal depois de realizar procedimentos estéticos que afetaram os rostos de pelo menos 12 pacientes.
“A prisão da falsa biomédica em Belém ressalta a importância da vigilância e da regulamentação rigorosa no setor de procedimentos estéticos. Este caso, marcado pela atuação ilegal e pela execução de procedimentos perigosos resultando em danos graves aos pacientes, destaca a necessidade de consumidores buscarem profissionais devidamente qualificados e certificados”, alertou o delegado-geral, Walter Resende.
Segundo o delegado Yuri Vilanova, titular da Decon (Delegacia do Consumidor), a mulher de 30 anos, é investigada por exercício ilegal da profissão e execução de serviço de alta periculosidade, fazendo inclusive utilização de material cortante com bisturi no rosto de pacientes.
FALSA BIOMÉDICA
A Polícia Civil do Pará prendeu, nesta quinta-feira, 8, em Belém, uma estudante de biomedicina que está sendo investigada por lesão corporal depois de realizar procedimentos estéticos que afetaram os rostos de pelo menos 12 pacientes. pic.twitter.com/FcA4bPTiYt
— BT Mais (@belemtransito) March 28, 2024
ATUAÇÃO DA FALSA BIOMÉDICA
“Após diversas denúncias de pacientes, conseguimos organizar essa operação e prender em flagrante a estudante que ainda está nos primeiros semestres do curso de biomedicina e se apresentava como profissional habilitada para realizar procedimentos estéticos. Vários pacientes procuraram a Polícia Civil e denunciaram. Em alguns casos as lesões graves deformaram parte dos rostos“, contou Yuri.
Durante a prisão em flagrante dentro de um consultório odontológico, a equipe identificou diversas irregularidades, além da presença de produtos ácido hialurônico, que possivelmente falsificados e sem as etiquetas adequadas da Anvisa e outros órgãos fiscalizadores.
De acordo com o delegado, outros pacientes e funcionários da clínica ainda serão ouvidos antes que o inquérito seja concluído. A mulher pagou fiança e responderá pelo crime em liberdade.
DENÚNCIA
Qualquer informação que possa ajudar a polícia nas investigações pode ser fornecida na sede da Decon, que funciona dentro da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), na avenida Senador Lemos, nº 1055, no bairro do Umarizal, em Belém.
A PC também informa o Delegado Virtual, acesse aqui, e o Disque-Denúncia (181). A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Também é possível mandar fotos, vídeos, áudios e a localização para a atendente virtual Iara, pelo WhatsApp (91) 98115-9181. Não é necessário se identificar.