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Palestra sobre diversidade sexual viraliza e prefeitura de Várzea Grande (MT) se manifesta

Um vídeo de uma professora palestrando para alunos da escola municipal Mercedes de Paula Soda, de Várzea Grande, no Mato Grosso, viralizou nas redes sociais. Nele, a docente fala sobre diversidade sexual em uma palestra e conversa com os alunos sobre a necessidade das crianças serem respeitosas com a orientação e identificação sexual de cada pessoa. “A gente precisa entender que existem meninos e meninas, e que isso pode ser construído ao longo do tempo”, diz a professora em certo momento do vídeo.

A gravação rapidamente viralizou e começou a ser contestada por políticos locais. Deputados federais de Mato Grosso, Abilio Brunini (PL) e Amália Barros (PL), repudiaram a palestra e acusam a professora de pregar “ideologia de gênero”. A parlamentar afirmou que entrará com um requerimento de moção de repúdio na Comissão de Educação da Câmara Federal contra a Educação do município.

A prefeitura de Várzea Grande se manifestou e afirmou que “não pratica ideologia de gênero em nenhuma de suas Secretarias ou Órgãos Municipais“, disse ainda que a “manifestação de um profissional da área de Educação, não traduz a opinião e o conceito da Administração Municipal”. Entretanto, a prefeitura reforçou que “vai promover o devido esclarecimento dos fatos, que teriam sido motivados pelo tratamento discriminatório contra o profissional da Educação e contra alguns alunos“. Sobre as publicações de políticos de direita atacando a professora, a prefeitura afirmou que “as postagens e seus textos nas mídias sociais parecem mais discriminadoras do que a própria fala do profissional de educação”.

Já o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep-MT) afirmou, também por meio de nota, que a professora “vem sofrendo agressões e difamação por ter feito um diálogo sobre respeito à diversidade e que vem sendo transformado em narrativa de  ideologia  de gênero“. O Sintep reforçou ainda que a escola é um “lugar de  luta e defesa das minorias, por inclusão na escola pública, igualdade de oportunidade, acessibilidade e combatendo a todo tipo de violência dentro do ambiente escolar“. O sindicato também acusou vereadores e deputados de direita de disseminar “desinformação a respeito do diálogo que foi em torno de respeito à diversidade, de vivência em harmonia entre os estudantes das escolas onde alguns tem vivenciado bulling“.

Por fim, o Sintep declarou apoio e solidariedade à profissional e à escola municipal.

VEJA O VÍDEO: