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Justiça não aceita pedido de prisão de motorista de Porsche que matou condutor de Sandero

Fernando Sastre, motorista da Porsche que matou condutor do Sandero
Fernando Sastre, motorista da Porsche que matou condutor do Sandero

A polícia solicitou a prisão temporária de Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, mas a Justiça não aceitou.

Ele é motorista do Porsche que bateu contra um Sandero e causou a morte de um homem de 52 anos na madrugada de domingo, 31, em São Paulo. Fernando foi indiciado por homicídio doloso, lesão corporal e fuga de local de acidente.

A vítima é Ornaldo da Silva Viana, um motorista de aplicativo, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

Por volta das 20h40, o motorista deixou a delegacia com a mãe, que também prestou depoimento.

Estado do Porsche após motorista bater em Sandero e matar o condutor.
Estado do Porsche após motorista bater em Sandero e matar o condutor. Foto: Reprodução

Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, fugiu do local do acidente e não fez o teste do bafômetro, mesmo com a presença de policiais militares. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que a “Polícia Militar instaurou uma investigação preliminar para apurar a conduta dos policiais durante a ocorrência”.

Câmeras de segurança registraram o momento em que o veículo de luxo, dirigido por Fernando, bateu na traseira do carro de Ornaldo.

De acordo com o boletim de ocorrência, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, mãe de Fernando, apareceu no local do acidente e afirmou aos policiais que levaria o filho ao Hospital São Luiz do Ibirapuera, na Zona Sul, uma vez que o rapaz apresentava um “leve ferimento” na boca.

MOTORISTA DE PORSCHE ESTARIA EM ALTA VELOCIDADE

As imagens serão analisadas pela Polícia Técnico-Científica, que irá verificar a velocidade da Porsche no instante da colisão.

Por meio de nota, a defesa de Fernando negou que ele tenha fugido do local do acidente e afirmou que ele foi liberado por policiais para ir ao hospital. No entanto, os advogados afirmaram que “foi necessário seu resguardo” por estar sofrendo “linchamento virtual”.

Ainda de acordo com a nota, a defesa de Fernando está entrando em contato com a família de Ornaldo para prestar solidariedade e fornecer a assistência necessária.

VEJA MOMENTO DA BATIDA:

Ornaldo foi socorrido e levado em parada cardiorrespiratória ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde morreu.

Um amigo de Fernando que, segundo a polícia, também estava no Porsche, foi levado ao Hospital São Luiz no Tatuapé. Até a manhã desta segunda, ele seguia internado, mas seu estado de saúde é desconhecido.

Questionada, a Polícia Militar informou que irá apurar se os policiais erraram ao permitir que Fernando deixasse o local do acidente com a sua mãe para ir supostamente a um hospital.

“Que liberaram, é fato. Trataram, inicialmente, como vítima. Vamos analisar se houve alguma falha no procedimento operacional. É preciso analisar caso a caso, mas não é incomum liberar a vítima para ir por conta própria [a um hospital], caso ela tenha condições”, falou ao g1 o coronel Emerson Massera, porta-voz da PM de São Paulo.

Nesta segunda, ao se apresentar na delegacia, Fernando não apresentava ferimento visível no rosto.