A partir desta sexta-feira, dia 5, o Museu Paraense Emílio Goeldi, abre suas portas para uma programação especial dedicada aos povos indígenas da Amazônia. Com o intuito de promover a valorização da cultura e dos saberes desses povos, o museu preparou uma série de eventos e atividades que prometem enriquecer o conhecimento e o diálogo sobre a temática.
O público visitante poderá conferir a diversidade sociocultural, tecnologias indígenas de uso e manejo de plantas, animais e ambientes amazônicos, movimentos de resistência e compartilhamentos de histórias.
A atividade que abre o ciclo de eventos é uma mostra audiovisual dos diretores indígenas Lucinho Tavares Kanamari (Winih), Markus Schall Enk e Shapu Mëo Matis. A mostra “Sobre câmeras, espíritos e ocupações”, acontecerá no auditório do Centro de Exposições Eduardo Galvão, no Parque Zoobotânico.
No mesmo auditório, no dia 11, às 10h, tem Drops de Ciência com o arqueólogo Marcos Magalhães, pesquisador titular e docente do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Sociocultural do Museu Goeldi, que traz um tema para balançar certezas: “A antropogênese contra a distopia antropocênica: as tecnologias ancestrais que cultivaram a Amazônia”. E, no dia seguinte, 12, também às 10h, será realizada uma roda de conversa com a equipe do projeto “Floresta Sensível”.
O “Floresta Sensível” é um convite para conhecer, usando os sentidos, algumas plantas importantes para os diversos povos que coexistem com a Floresta Amazônica, seus conceitos cosmológicos e os diálogos da ciência com esses saberes acumulados em séculos e milênios por povos e comunidades florestais. O projeto pode ser visitado, em tour virtual de 360° e imersivo, no site da “Floresta Sensível”.
Na semana seguinte, no dia 17, quem comanda a conversa no Auditório do Centro Eduardo Galvão, a partir das 10h, é a doutoranda em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Pará, Luana Kumaruara. Ela traz a palestra “Acampamento Terra Livre”.
No dia 19, os visitantes do Zoobotânico do Museu Goeldi terão duas atividades para optar. Na área do Castelinho, haverá “Histórias indígenas para crianças”, com a contadora de histórias Zeneida Mello; na Biblioteca Clara Galvão acontece a roda de memória sobre Cultura Material Indígena, com Suzana Karipuna (socióloga e técnica da Coleção Etnográfica do Museu Goeldi) e Manoela Karipuna (socióloga e doutoranda na Universidade Federal do Pará).
No sábado e domingo (20 e 21), o público visitante poderá conferir a Feira de Exposição e Venda de Artefatos Indígenas. O Domingo de Ciência traz também a contação de história “Rebujo da Boiúna”, conduzida pela contadora Joana Chagas (Wyka Kwara).