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Fugitivos do presídio de Mossoró pretendiam sair do país, diz ministro da justiça

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, fez um pronunciamento oficial nesta quinta-feira, 4, após a prisão dos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró Deibson Cabral Nascimento, o Tatu, e Rogério da Silva Mendonça, o Martelo. 

Segundo o ministro, os foragidos tentavam sair do país, e contaram com o apoio de organizações criminosas, o que facilitou o deslocamento: “Nós sabíamos que eles iriam para o exterior”, declarou.  Lewandowski também informou que mais quatro comparsas, que estavam presentes em outros veículos, foram presos. 

A abordagem aconteceu em um ação conjunta com a Polícia Federal na BR-222, onde foram utilizados três carros durante a fuga. Nos veículos, foram encontrados cartões de crédito, um fuzil com munições e oito celulares, além de documentos e alimentos. 

PARA ONDE VÃO?

Segundo Lewandowski, os dois vão ser encaminhados novamente para a penitenciária de Mossoró: “Eles voltarão para a penitenciária de onde fugiram, em Mossoró, totalmente reformulada. Haverá inspeção diária. A direção foi trocada. De lá certamente não se evadirão.”, afirmou. 

O secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, também pontuou que melhorias foram feitas na segurança do local: “O sistema penitenciário federal não é mais o mesmo desde a data do evento [fuga] — 10 mil novas câmeras serão instaladas e a iluminação também foi trocada”, disse. 

OS FUGITIVOS

Deibson  e Rogério são membros do Comando Vermelho do Acre e atuavam na região de fronteira do Brasil com a Bolívia. 

Deibson, que cumpria pena de 81 anos de prisão, tem o nome ligado a mais de 30 processos e responde por crimes como tráfico de drogas, organização criminosa e roubo por assalto a mão armada.

Rogério foi condenado a 74 anos de prisão e responde a mais de 50 processos. Ele tem uma suástica tatuada na mão e é acusado de homicídio qualificado e violência doméstica.