O embate entre o empresário Elon Musk e o Poder Judiciário brasileiro parece estar longe de terminar. Na madrugada de sábado, 06, ele usou p ‘X‘, antigo Twitter, para questionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, do “porquê de tanta censura no Brasil”.
Horas depois, Musk voltou a escrever sobre o assunto, apontando “censura agressiva [que] parece violar a lei e a vontade do povo do Brasil”. Então, o empresário desbloqueou diversas contas que estavam bloqueadas judicialmente na rede social. “Estamos revertendo todas as restrições. Este juiz [Moraes] aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o acesso ao X no Brasil”, afirmou.
Ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência
Nesta segunda-feira, 08, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, afirmou que a liberação das contas que estavam bloqueadas pode ser caracterizada como cumplicidade do empresário com os criminosos que tiveram o acesso liberado. “Acho que a ação de ontem (7) de permitir um criminoso procurado, que foi afastado da rede pela Justiça, poder utilizar essa rede pode caracterizar, inclusive, uma conduta de cumplicidade por parte dos responsáveis por essa conduta (de liberar os perfis) com a ação do criminoso”, avaliou.
Ele ainda defendeu que a Justiça brasileira tome medidas contra Musk. “O risco que a gente temia já começa a acontecer por permitir que criminosos, procurados pela Interpol, passem a utilizar a rede para repetir crimes pelos quais são procurados e investigados”, disse.
