A história do julgamento começa em 1994, quando Nicole Brown foi encontrada deitada em posição fetal fora de sua casa ao lado do amigo, Ron Goldman, em uma piscina de sangue. A partir deste momento, as investigações começaram em um dos crimes mais midiáticos na história dos Estados Unidos.
Nascida em uma família judia, a vítima se mudou para os EUA ao lado da família quando conheceu O.J. Simpson, enquanto trabalhava como garçonete, aos 18 anos. Na época, o então jogador de futebol americano era casado e a relação proibida entre os dois se estendeu até 1979, quando o atleta rompeu o casamento.
RELACIONAMENTO CONTURBADO DE NICOLE BROWN
Os dois se casaram em 1985, quando Simpson se aposentou do esporte. O relacionamento durou sete anos e sempre foi descrito como conturbado, gerando desentendimentos, idas e vindas até se divorciar após 7 anos de matrimônio.
A primeira denúncia contra o ex-jogador realizada pela garçonete foi em 1989, quando ela afirmou ter sido vítima de violência doméstica e três anos depois pediu o divórcio. Ela foi assassinada em 1994, em circunstâncias não esclarecidas.
A irmã da vítima, Tanya Brown, chegou a revelar que os filhos do casal, Justin e Sydney, eram muito importantes para a dona de casa: “Ela era mãe, antes de tudo. Sua morte não define quem ela era. Seus filhos eram sua vida”, declarou ela para a ‘People’ em 2016.
ACUSAÇÃO E JULGAMENTO DE O.J. SIMPSON
Embora O.J.Simpson tenha sido acusado de maneira formal pelas mortes do amigo e ex-mulher, ele foi inocentado em um dos julgamentos que mais tiveram repercussão nos Estados Unidos.
Simpson declarou que era 100% inocente, além de reunir uma equipe com famosos advogados locais e nacionais. Os promotores Marcia Clark e Chris Darden se concentraram nas evidências de violência doméstica e em outra propriedade de O.J.
Os promotores principais Marcia Clark e Chris Darden se concentraram na linha do tempo, na violência doméstica e nas evidências de DNA encontradas na luva ensanguentada descoberta na cena do crime e em outra em uma propriedade de O.J. Simpson.
O “julgamento do século”, como ficou conhecido por momentos que foram televisionados, teve muitas reviravoltas, principalmente quando a defesa de O.J. levantou dúvidas sobre o tratamento das evidências pela polícia e acusou um dos detetives de preconceito racial.
O FINAL DO JULGAMENTO
Simpson nunca prestou depoimento, porém, um dos momentos mais interessantes foi quando o promotor responsável pediu que ele calçasse as luvas – uma recolhida na cena do crime e outra na propriedade dele.
Ele teve dificuldade de calçar as luvas na frente dos jurados, mostrando como elas não serviam. Cochran então pronunciou a agora famosa frase: “Se não couber, você deve absolver”.
Mesmo absolvido do caso, 11 anos depois, ele foi condenado em outubro de 2008 por uma série de acusações, incluindo assalto à mão armada, agressão e sequestro, e sentenciado a 33 anos de prisão. Ele foi solto em liberdade condicional em 2017.
Nesta última quarta-feira, 10, morreu o ex-atleta O.J. Simpson, 76, em Las Vegas, após uma luta contra o câncer. O falecimento foi confirmado pela família nas redes sociais.
O. J. foi uma das principais estrelas da NFL, posteriormente, ele chegou a estrelar em filmes como ator, incluindo a franquia ” Corra que a Polícia Vem Aí”, mas perdeu o prestígio ao ser acusado de matar a ex, Nicole Brown Simpson, e do amigo dela, Ron Goldman, nos anos 1990.