O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) apresentou denúncia contra quatro policiais militares do 30º Batalhão de Polícia Militar, acusando-os de homicídio qualificado e cooperação dolosa no caso do adolescente Davi da Silva, morto após uma abordagem policial em Ananindeua.
Segundo o inquérito policial conduzido pela Polícia Civil, Davi, de 16 anos, foi abordado pelos policiais enquanto estava com um mototaxista perto da Distribuidora JR. Os policiais receberam informações sobre um assalto ocorrido no local e decidiram abordar o adolescente e o mototaxista, suspeitando de seu envolvimento.
Investigação revela detalhes sobre abordagem de militares
Os policiais alegaram que Davi teria apontado uma arma em direção à viatura, levando-os a disparar contra ele e o mototaxista, mesmo após ele ter sido atingido e rendido. No entanto, investigações revelaram que Davi estava desarmado no momento da abordagem, apesar das alegações dos policiais sobre uma arma tipo “Garrucha”.
Testemunhas e o mototaxista confirmaram que Davi foi alvejado enquanto estava rendido e desceu da motocicleta se contorcendo de dor, sendo então alvejado novamente pelos policiais. O laudo de necropsia confirmou múltiplos ferimentos por projéteis de arma de fogo.
Diante desses fatos, o Ministério Público acusou os policiais pelos crimes de homicídio qualificado e cooperação dolosa, alegando que os policiais dificultaram ou impossibilitaram a defesa da vítima e agiram em conluio para cometer o crime.
FAMÍLIA PEDE JUSTIÇA
Amigos, familiares e parentes pedem Justiça e punição aos responsáveis pela morte de Davi, que era atleta de Jiu-Jitsu. Uma hashtag (#justicapelodavi) já foi criada e vem crescendo como uma corrente nas redes sociais para alcançar a justiça ao caso.
