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Chico Ferreira, mandante dos assassinatos dos irmãos Novelino, é solto pela Justiça

Irmãos Novelino
O caso aconteceu em 2007, no Pará (Foto: reprodução)

O empresário João Batista Ferreira Bastos, o Chico Ferreira, que cumpria pena de 80 anos de prisão pelo duplo homicídio dos irmãos Ubiraci e Urakitan Novelino, em 2007, saiu da prisão.

Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), no dia 11 de abril, Chico Ferreira recebeu ‘Alvará de Soltura’, uma ordem judicial que determina a liberdade de um preso. A Seap informou ainda que o alvará já foi cumprido.

ENTENDA O CASO DOS IRMÃOS NOVELINO

Os irmãos Novelino faziam parte de uma família tradicional em empreendimentos no Pará (Foto: reprodução)
Os irmãos Novelino faziam parte de uma família tradicional em empreendimentos no Pará (Foto: reprodução)

Em abril de 2007, um crime bárbaro chocou os paraenses. Os irmãos e empresários Ubiraci e Uraquitan Novelino foram sequestrados, assassinados e tiveram os corpos jogados na baía do Guajará. O crime foi encomendado pelo também empresário João Batista Ferreira Bastos, conhecido como Chico Ferreira, com a ajuda do radialista Luiz Araújo.

O CRIME

Segundo as investigações da polícia, os irmãos Novelino emprestaram R$ 4 milhões ao empresário Chico Ferreira, que não conseguiu pagar o valor. Pressionado, Ferreira elaborou um plano junto do radialista Luiz Araújo para matar os irmãos Novelino e, assim, não precisar pagar pela dívida.

Então, os dois decidiram atrair os irmãos para a sede de uma das empresas de Ferreira para que os executores entrassem para simular um assalto. 

A prepação para o assassinato comecou no dia anterior, quando os funcionários da empresa foram avisados de que, no dia seguinte, o expediente só iria até às 19hs.

Pouco depois desse horário, os irmãos chegaram à Service Brasil em um Toyota Corolla de cor preta. Depois, a investigação mostrou que o carro não era dos irmãos Novelino, que pegaram um veículo emprestado para atender os pedidos de Ferreira de que não utilizassem um carro próprio para ir à empresa.

Com o sumiço dos dois filhos, o pai deles, Ubiratan Lessa Novelino, acionou a polícia e foi até a sede da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe). E então começou uma verdadeira caçada em busca dos irmãos.

O caso, que ainda era sobre o desaparecimento dos dois irmãos, começou a ganhar muita repercussão na imprensa pelo fato da família Novelino ser dona de fazendas de um posto de gasolina na capital paraense.

Todos os avanços da polícia eram rapidamente acompanhados pela mídia local e pela população, que passou a cobrar um desfecho para o caso que começou a se arrastar por mais de 10 dias.