Michele Teixeira, mãe do adolescente Carlos Teixeira, de 13 anos, que morreu uma semana depois de dois estudantes pularem em suas costas na Escola Estadual Julio Pardo Couto, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, afirmou que o filho não queria deixar a escola pois queria proteger os amigos menores do bullying.
Em entrevista ao programa “Fantástico”, no último domingo, 28, ela afirmou que o filho sofreu uma agressão física em março e a família já queria tirá-lo da unidade, porém ele recusou: ‘”Ele falou assim: ‘Mãe, eu não quero sair porque eu sou o maior da minha turma’. Falava isso porque os amigos dele eram menores, pequenininhos, e ele era grandão pela idade que tem. Ele falou que queria defender os amigos. Ele falou: ‘mãe, eu quero ficar forte’”, declarou a mãe da vítima.
AGRESSÕES CONSTANTES NA ESCOLA
A mãe do adolescente relatou ao programa que as agressões eram constantes e que uma delas foi ocasionada por conta de um pirulito: “O menino arrancou da mão dele [o pirulito] e, quando ele pediu de volta, o menino deu dois socos no nariz dele. O arrastaram pelo pescoço e foi para dentro do banheiro, onde fizeram aquele vídeo”, afirmou.
Segundo a TV Globo, a polícia já ouviu mais de 10 envolvidos, incluindo a vice-diretora da escola, professores e dois alunos suspeitos que estavam acompanhados pelos pais. Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria de Educação de São Paulo (Seduc-SP) afirmou que instaurou uma apuração preliminar interna do caso e colabora com as autoridades nas investigações.