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Justiça do Rio manda soltar sobrinha que levou tio morto ao banco

A Justiça do Rio de Janeiro mandou soltar Érika Souza, sobrinha do homem conhecido como Tio Paulo, que foi levado já morto para um banco. Ela continuará respondendo pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. A decisão foi tomada pela juíza Luciana Mocco, titular da 2ª Vara Criminal de Bangu, nesta quinta-feira (2).

A DECISÃO

A juíza Luciana Mocco recebeu a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), tornando Érika ré. No entanto, atendeu a um pedido da defesa e revogou a prisão preventiva, permitindo que ela responda ao processo em liberdade. A sobrinha também é investigada por homicídio culposo.

Delegado do caso não vê dúvidas de que sobrinha sabia que tio estava morto.

MEDIDAS CAUTELARES PARA A SOBRINHA

A juíza determinou que Érika cumpra as seguintes medidas cautelares:

  • Comparecimento mensal ao cartório do juízo, para informar e justificar suas atividades ou eventual alteração de endereço;
  • Apresentação de laudo médico em caso de internação para tratamento de saúde mental;
  • Proibição de ausentar-se da Comarca por prazo superior a 7 dias, salvo mediante autorização judicial.

Na justificativa para soltá-la, Luciana Mocco considerou que Érika é “acusada primária, com residência fixa, não possuindo, a princípio, periculosidade a prejudicar a instrução criminal ou colocar a ordem pública em risco”.

CASO TIO PAULO

Érika é acusada de levar seu tio, Paulo Roberto Braga, já morto, a um banco para tentar realizar um saque de um empréstimo. O caso aconteceu em 2021 em New Jersey. A mãe do menino acusou o pai, Christopher Gregor, de agredir o filho e forçá-lo a se exercitar de forma excessiva.

Durante o julgamento, foram reveladas imagens perturbadoras que mostram o pai obrigando o menino a correr em uma esteira em uma academia. O garoto, Corey, tinha apenas 6 anos na época e morreu dias depois de passar mal e sofrer uma convulsão.

O MPRJ ofereceu denúncia por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. O delegado que investiga o caso afirmou que Érika sabia que Paulo Roberto Braga já estava morto dentro do banco. Além disso, ela é investigada por homicídio culposo por grave “omissão de socorro”.

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*Feito com informações de G1 e TV Globo.