A Polícia Federal divulgou hoje, 21, que descobriu uma nova fraude no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, no Pará, durante a terceira fase da ‘Passe Livre’. Segundo a investigação, o alvo do mandado de busca e apreensão é um estudante que foi beneficiado com a aprovação ilícita em engenharia na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
Quem realizou a prova no lugar do suspeito, de acordo com a PF, foi o próprio irmão, que ingressou no curso de medicina na Universidade do Estado do Pará (Uepa) também de forma fraudulenta.
JÁ INVESTIGADO DESDE A PRIMEIRA FRAUDE
Este, aprovado em medicina, para PF, é um dos alvos investigados desde a primeira fase da operação. A identidade de nenhum dos dois foi revelada pela corporação. A PF informou que a descoberta foi por acaso, a partir da análise de documentos e eletrônicos apreendidos na primeira fase da operação, em fevereiro.
A ação cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do novo suspeito nesta terça-feira (20). No local, de acordo com a PF, foi apreendido, um celular, que o estudante jogou pela janela do banheiro ao perceber a chegada da equipe policial.
“O aparelho será analisado para esclarecer o caso e verificar se há outras fraudes semelhantes. As investigações seguem em andamento”, completou a corporação.
A OPERAÇÃO CONTRA FRAUDE
Na primeira fase operação foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, mas ninguém havia sido preso.
Na sua casa de um dos suspeitos da segunda fase, foi apreendido um aparelho celular, que o mesmo jogou pela janela do banheiro ao perceber a chegada da equipe policial. O aparelho será analisado para esclarecer o caso e verificar se há outras fraudes semelhantes. As investigações seguem em andamento.
O investigado de hoje foi aprovado no ENEM 2022 e teve ingresso ilegítimo no curso de Engenharia na UNIFESSPA. A prova foi realizada por seu irmão, que é um dos alvos investigados desde a Operação Passe Livre I, por ter sido aprovado no ENEM 2022 e conseguido ingresso irregular no curso de medicina da UEPA tendo essa prova feita por outra pessoa.
Se confirmada a hipótese criminal os suspeitos poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, estelionato com causa de aumento de pena, entre outros, segundo a PF.