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Suspeita de matar empresário com brigadeiro envenenado ficou com o corpo em apartamento por dias

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte de um empresário cujo o cadáver foi encontrado em estado de decomposição, no apartamento onde ele vivia. Entre outras hipóteses, a investigação acredita que o crime tenha sido orquestrado pela namorada dele, que é a principal suspeita.

BRIGADEIRO ENVENENADO

A investigação suspeita que Luiz Marcelo Ormond tenha sido envenenado ao comer um brigadeiro, após a perícia no corpo encontrar uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo.

Luiz foi visto publicamente pela última vez em 17 de maio, uma sexta-feira, na piscina do prédio. As imagens mostram que eles sobem no elevador, se beijam, e Luiz está com algo na mão, que para os investigadores, seria o brigadeiro envenenado. A polícia também apurou que Júlia, 9 dias antes da última imagem de Luiz vivo, foi até uma farmácia e pediu medicamento de uso controlado.

Brigadeiro envenenado pode ter matado empresário. Namorada está foragida.

CORPO NO APARTAMENTO

De acordo com a investigação, em 20 de maio, vizinhos chamaram a polícia pois sentiram cheiro forte vindo do apartamento do empresário. No local, o cadáver foi encontrado em estado de decomposição. O laudo do Instituto Médico-Legal apontou que Luiz, que tinha 44 anos, morreu de 3 a 6 dias antes do corpo ser achado. A causa da morte foi inconclusiva para marcas aparentes e lesões, mas a polícia solicitou exames complementares, que ainda não ficaram prontos.

A SUSPEITA

Para a polícia, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada de Luiz, é a principal suspeita do crime. Segundo os investigadores, ela queria ficar com bens e valores da vítima.

Segundo o G1 Rio, Júlia, a namorada, foi intimada a depor dois dias depois de o cadáver ter sido achado. À polícia, ela disse que saiu da casa de Luiz na segunda-feira, 20, após uma briga no domingo, 19, mas disse que ele estava bem e que chegou a preparar o café da manhã para ela.

De acordo com a investigação, Suyany Breschak, que se apresentou como cigana, ajudou Júlia a planejar a morte de Luiz. Ela foi presa na noite de terça-feira, 28, em Cabo Frio, na Região dos Lagos.

A mulher que se apresentava como cigana atuava como mentora de Júlia, realizando “trabalhos de limpeza”. Ainda segundo Suyany, ao longo dos anos Júlia teria contraído uma dívida de R$600 mil.

Para a investigação, Suyany disse que Júlia ligou contando que o empresário estava morto e que precisou usar lençóis e cobertores para enrolar o corpo.

Depois, segundo Suyany, Júlia ligou ventiladores para minimizar o cheiro que estava no apartamento e lavou o local com água sanitária, pois até urubu estava aparecendo na janela.

Ainda de acordo com o depoimento de Suyany, Júlia teria admitido que colocou 50 comprimidos de um remédio para dor, moídos no brigadeiro e dado para o empresário comer. Ela consumiu o doce, mas em um outro prato que estava sem a substância.

FORAGIDA

Júlia é considerada foragida. Suyane foi presa por suspeita de participação, recebendo bens da vítima, segundo a polícia. Um amigo de Suyane também foi preso após ser encontrado com o carro de Luiz.

ONDE ESTAVA O CARRO?

O carro e o celular de Luiz foram encontrados com um homem, que foi preso em flagrante por receptação. A investigação aponta que os bens foram vendidos em Cabo Frio, na Região dos Lagos.

O homem é amigo de Suyane. Abordado pelos policiais, ele chegou a apresentar um documento escrito à mão, que ele disse ter sido assinado pela vítima, transferindo o bem.

Em depoimento informal prestado à polícia, o homem contou que Suyany pode ter ajudado Júlia a planejar o crime. Segundo ele, as duas ministravam medicamentos à vítima havia algum tempo.

*Feito com informações de G1 Rio.

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