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“Bancada do estupro”: veja quem são os parlamentares responsáveis pelo ‘PL da Gravidez Infantil’

Nesta quarta-feira, 12, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que equipara aborto a um homicídio, incluindo também os casos de estupro. Portanto, o PL 1904/2024, também conhecido como ‘PL da Gravidez Infantil’ ou ‘PL do Estupro’, seguirá diretamente para a votação no plenário da Casa, sem passar previamente pelas comissões.

Durante a votação simbólica, que durou 23 segundos, sem registo individual de votos no painel eletrônico, o projeto foi colocado em pauta sem aviso e sem divulgação do número do projeto pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Com a ação, o plenário permaneceu silencioso e sem reações, alguns parlamentares relataram que nem sabiam o que estava em pauta.

Arthur Lira, presidente da Câmara dos deputados.

Saiba quais são os 21 homens e 12 mulheres que foram responsáveis pelo projeto:

  1. Abilio Brunini (PL/MT)
  2. Bia Kicis (PL/DF)
  3. Bibo Nunes (PL/RS)
  4. Capitão Alden (PL/BA)
  5. Carla Zambelli (PL/SP)
  6. Cezinha de Madureira (PSD/SP)
  7. Coronel Fernanda (PL-MT)
  8. Cristiane Lopes (UNIÃO/RO)
  9. Dayany Bittencourt (UNIÃO/CE)
  10. Delegado Palumbo (MDB/SP)
  11. Delegado Paulo Bilynskyj (PL/SP)
  12. Delegado Ramagem (PL/RJ)
  13. Dr. Frederico (PRD/MG)
  14. Dr. Luiz Ovando (PP/MS)
  15. Eduardo Bolsonaro (PL/SP)
  16. Eli Borges (PL/TO)
  17. Ely Santos (REPUBLIC/SP)
  18. Evair Vieira de Melo (PP/ES)
  19. Filipe Martins (PL/TO)
  20. Franciane Bayer (REPUBLIC/RS)
  21. Fred Linhares (REPUBLIC/DF)
  22. Gilvan da Federal (PL/ES)
  23. Greyce Elias (AVANTE/MG)
  24. Junio Amaral (PL/MG)
  25. Julia Zanatta (PL/SC)
  26. Lêda Borges (PSDB/GO)
  27. Mario Frias (PL/SP)
  28. Nikolas Ferreira (PL/MG)
  29. Pastor Eurico (PL/PE)
  30. Pezenti (MDB/SC)
  31. Renilce Nicodemos (MDB/PA)
  32. Simone Marquetto (MDB/SP)
  33. Sóstenes Cavalcante (PL/RJ)
Deputados responsáveis pelo PL da Gravidez infantil. Imagem: reprodução - Câmara dos Deputados
Deputados responsáveis pelo PL da Gravidez infantil. Imagem: reprodução – Câmara dos Deputados

A maioria dos parlamentares são de partidos ou possuem afeição ao mandato de Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República Federativa do Brasil (2019-2022), bem como, conservadores e sujeitos que compõem a bancada evangélica.

Única paraense na coautoria do projeto, Renilce Nicodemos (MDB) já pediu a retirada do nome dela no Projeto de Lei 1.904/2024 antes da votação que aprovou a urgência do PL no último dia 12. Com isso, a parlamentar já não é mais co-autora do mesmo. Questionada do por que de sua participação na criação do PL da Gravidez Infantil, Renilce não respondeu.

Em nota publicada nas redes sociais, a deputada diz que é “a favor da vida e contra o aborto, menos em casos quando há risco de vida para a mulher causado pela gravidez, ou quando a gravidez for resultante de um estupro”.

 
 
 
 
 
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Entenda PL da gravidez infantil

O Projeto é do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), onde a proposta é equiparar o aborto realizado após 22ª semana de gestação ao crime de homicídio, até em casos de estupro.

Atualmente, a legislação do aborto permite a realização do procedimento em três situações: estupro, risco de vida para a mãe e anencefalia do feto, não estabelecendo o prazo máximo para o aborto legal. A proposta altera o Código Penal para que a pena imposta seja de 20 anos a mulher que cometer aborto após 22ª semana da gestação.

Ainda na legislação atual, em caso da realização do aborto provocado pela gestante ou com o seu consentimento, a penalidade é de um a três anos, bem como, em casos de que o aborto seja realizado sem o consentimento da gestante, a penalidade é de três a dez anos.

*Matéria realizada com informações dos Portais Mídia Ninja, Fórum e G1.