Com informações G1*
A estrutura da Agência Brasileira de Informações (Abin) foi usada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) para monitorar Simone Sibilio, ex-coordenadora da força-tarefa do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que investigou as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Esta informação consta na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e foi utilizada como base da operação da Polícia Federal desta quinta-feira, 25, que realizou busca e apreensão contra o ex-chefe da Abin, Alexandre Ramagem.
De acordo com a decisão de Moraes, a Controladoria Geral da União (CGU) encontrou um resumo do currículo da promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que coordenava a força-tarefa que investigava as mortes de Marielle e Andreson.
“(…) ficou patente a instrumentalização da ABIN, para monitoramento da Promotora de Justiça do Rio de Janeiro e coordenadora da força-tarefa sobre os homicídios qualificados perpetrados em desfavor da vereadora MARIELLE FRANCO e o motorista que lhe acompanhava ANDERSON GOMES”, escreveu o ministro.
Entretanto, o texto do ministro não deixa claro o motivo do monitoramento da promotora.
PROMOTORA SAIU DO CASO EM 2021
Simone Sibilio era a responsável pelo caso desde 2028, mas, em 2021, deixou as investigações junto de Leticia Emily, outra promotora do caso, por insatisfação com “interferências externas”.
FLÁVIO BOLSONARO NEGA
O senador Flávio Bolsonaro concedeu entrevista à Globonews e falou sobre as acusações de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria auxiliado ele com informações e dados para uma defesa no caso das “rachadinhas”. Na ocasião, ele também falou sobre as acusações de monitoramento da promotora.
Interesse nenhum, nunca tivemos preocupação com o caso Marielle. O ex-presidente Bolsonaro nem conhecia a Marielle até ela ter sido assassinada de uma forma brutal e covarde”, disse.
