Com informações de G1 Pará*
Após cerca de dois anos de análise de prestação de contas, o Ministério Público do Pará (MPPA) identificou prejuízos de R$ 14,5 milhões que deveriam ter sido aplicados ao Hospital Galileu para assistência à saúde, e foram usados pelos diretores da organização, entre outros fins, para a compra de bens pessoais, como aparelhos celulares.
O MPPA classificou a Pró-Saúde, empresa responsável por administrar o hospital, como “irresponsável, desumana e dolosa”.
A Pró-Saúde é alvo da ação civil pública por improbidade administrativa por condutas irregulares durante o cumprimento do contrato de gestão do Hospital Galileu, em Belém, firmado em 2014 com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
As contas referentes à administração da unidade em 2016, apresentadas pela O.S, não foram aprovadas. Segundo as investigações, o dinheiro que teria sido desviado era aplicado em situações não previstas no contrato.
Treze réus respondem ao processo: a O.S., o Estado e 11 pessoas, incluindo diretores administrativos e clínicos, e até um religioso. Condenada em primeira instância, a Pró-Saúde recorreu e tentou, sem sucesso, derrubar a decisão por 19 vezes.
A ação, além de solicitar o ressarcimento da verba usada indevidamente, pede a condenação dos envolvidos por danos morais coletivos em razão dos prejuízos à sociedade. Na ação, cerca de R$ 14 milhões já foram bloqueados e o processo segue na Justiça. A Secretaria de Saúde Pública (Sespa) informou que a prestação de serviços de todas as organizações sociais são repassadas ao Ministério da Saúde e aos órgãos de controle, conforme previsto em lei.