Recentemente condenado em primeira instância por estupro e exposto em reportagem do “Fantástico”, da rede Globo, Felipe Prior, mesmo assim continua com um grande número de seguidores nas redes. São quase 6 milhões de perfis, e entre eles, aqueles que fazem de tudo para “defender” o condenado em primeira instância. As informações são do G1.
A advogada Maira Pinheiro, que atua na defesa da VÍTIMA (!) da jovem que denunciou Prior, tem enfrentado ameaças por parte dos “fãs” do ex-BBB, tanto nas redes sociais quanto por telefone. Em uma entrevista recente ao portal G1, a advogada da vítima relatou os detalhes das mensagens que foram enviadas e revelou também ter recebido cerca de 20 ligações anônimas em apenas uma madrugada. O caso ganhou ainda mais repercussão após a condenação a (apenas) seis anos de prisão em regime semiaberto, em primeira instância.
Maira descreveu os fãs de Felipe Prior como virulentos e compartilhou que suas redes sociais foram inundadas com mais de 100 mensagens de ódio e ataques machistas. Ela afirmou que sua imagem foi explorada e que sua profissão foi alvo de ataques, mas apesar das ameaças, ressaltou que não se intimida com fanáticos pelo ex-BBB (e condenado em primeira instância).
Entre as ofensas a advogada que recebeu, foram direcionados xingamentos como “vagabunda” e “vadia”, palavras machistas que quase toda mulher já ouviu na vida de um homem revoltado por ser contrariado.
Maira relatou que recebeu uma ligação anônima de um homem que afirmou saber onde ela morava e a ameaçou, mencionando ter “muitas fontes”. Ela decidiu atender a ligação devido à frequência constante das chamadas e por necessitar descansar. A denúncia da jovem identificada como vítima de Felipe Prior, foi registrada em 2020, desde então, ela tem sido alvo de ataques diários.
Veja as mensagens divulgadas pela advogada das VÍTIMAS:
Além da denúncia divulgada, outras três mulheres acusam Felipe Prior de estupro, todas sob codinomes inspirados em divindades femininas para proteger suas identidades. Após a condenação do ex-BBB, seus advogados (lembrem que eu tem dinheiro) emitiram um comunicado afirmando que acreditam em sua inocência e que recorrerão da sentença.
O comportamento de Felipe Prior em relação à vítima também foi mencionado durante o processo. A juíza Eliana Cassales Tosi Bastos, da 7ª Vara Criminal de São Paulo, descreveu o abuso mencionando que ele usou força física contra a vítima, segurando-a pelos braços e pela cintura, puxando seus cabelos, mesmo após ela pedir para parar.
A condenação de Felipe Prior ocorreu em primeira instância, e ele ainda pode (pasmem) recorrer em liberdade. Maira Pinheiro, a advogada das vítimas, recebeu a sentença com alívio após três anos e meio de luta. Ela planeja recorrer da decisão, contestando o regime semiaberto e buscando um aumento na pena, considerando a gravidade do crime e o fato de existirem três denúncias semelhantes contra o réu.
