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Alexandre de Moraes mantém 140 presos por atos terroristas de Brasília e libera outros 60

O ministro do STF deve analisar todas as 1.459 atas de audiência até esta sexta-feira.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decretou prisão preventiva a 140 detentos presos em flagrante e liberou 60 suspeitos com aplicação de medidas cautelares.

Moraes apontou que as condutas dos radicais-extremistas que conduziram atentado contra a Praça dos Três Poderes foram “ilícitas e gravíssimas”,  e apontou evidências na prática de atos terroristas, associação criminosa, golpe de Estado, incitação ao crime, entre outros.

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadem e destroem Sede dos Três Poderes em Brasília – Foto: Reprodução

As análises dos casos começaram a ser feitas um dia após o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmar que estima apresentar em 15 dias até 200 denúncias contra os envolvidos nos atos. O procurador afirma também que há pelo menos dez denúncias contra incitadores, financiadores e vândalos que devem ser ajuizadas até o fim desta semana.

Aras disse ainda que a investigação envolve agentes públicos, mandantes intelectuais, financiadores e executores dos atos antidemocráticos, e não descartou a costura de uma “solução conciliada” com o STF e o Congresso Nacional.

Em relação aos 60 suspeitos que ganharam liberdade condicional, Moraes comentou que, até o momento, não há provas de que eles tenham cometido violência, depredação ou invasão de patrimônio. Nesses casos, serão adotadas medidas cautelares como o uso de tornozeleiras eletrônicas, recolhimento domiciliar no período noturno e aos fins de semana e a suspensão de eventual porte de armas, além da proibição de deixar o país, de usar redes sociais e de se comunicar com os demais suspeitos, entre outras determinações.