Aumentou de novo? A nova elevação de 8% no valor do diesel, anunciado pela Petrobras, começou a valer na última quarta-feira, 12, em todo o Brasil. Por conta disso, empresas em todo o país preveem um novo aumento nas passagens de ônibus.
O cálculo feito pela Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbanos (NTU) mostra que 26,6% do custo das empresas é referente ao combustível, que, depois da mão de obra, é o mais caro.
O valor de aumento do óleo diesel de 8% impacta em média 2,2% na tarifa, mas no caso de Belém, onde a tarifa está sem reajuste há mais de 31 meses, o impacto é muito maior. O diesel subiu mais de 60% nesse período.
O presidente do Setransbel, Paulo Fernandes Gomes, diz que o setor está próximo de um colapso com tantos aumentos no combustível, sem reajuste da tarifa e com os impactos da pandemia e das gratuidades.
“A cada aumento de combustível o transporte coletivo é o setor mais penalizado, já que não se pode repassar esse aumento no custo. Estamos há quase 3 anos sem revisão na tarifa e só em combustível a defasagem já supera 60%. O setor está agonizando e precisa de auxílio urgente, pois estamos muito próximos de um colapso.”
Paulo Fernandes Gomes, presidente do Setransbel
Nos últimos 12 meses o impacto do combustível sobre o valor médio da tarifa chegou a 18,8%.
De acordo com a NTU, as empresas reconhecem que os aumentos na tarifa afugentam os passageiros. No entanto, o órgão diz que não há como arcar com o aumento recorrente do diesel, que inevitavelmente acaba recaindo no custo da passagem.