///

“Amazônia é uma Mulher” é a nova coluna do BT e estreia na editoria “BT Amazônia”

A nova editoria do BT Mais, “BT Amazônia” foi criada com a finalidade de que o veículo dê mais espaço ao enorme volume de conteúdos relacionados à região Amazônica que a redação recebe todos os dias. A proposta da editoria é trazer nomes, entrevistas e levantar pautas que precisam de visibilidade. Mary Tupiassu, jornalista e diretora de conteúdo do BT, estreia seu novo conteúdo dentro desta editoria, “Amazônia é uma Mulher”, associando a exploração do corpo feminino, com a exploração da Amazônia. 

Mary Tupiassu é jornalista e diretora de conteúdo do BT e estreia seu novo conteúdo dentro da editoria “Amazônia é uma Mulher”

Para Mary, a criação da editoria é um dever do BT. “Nós recebemos centenas de denúncias sobre a nossa região, e a nossa região é a Amazônia. É mais do que um dever, que tenhamos um espaço só para abordar esse tema, cobrando da equipe de jornalistas, sensibilidade maior sobre o assunto. E disseminando verdades que vivemos sobre a emergência climática, assunto decisivo para o futuro de toda a humanidade”, explica. 

Mary, que já é identificada pelas pautas feministas, explica que sentiu necessidade de ampliar a visão acerca do tema. “Quando eu comecei a falar de empoderamento, era o começo da “onda pop” do feminismo nas redes sociais. Eu não planejei falar sobre o assunto. Empoderamento é a minha história diária de vida, vivo isso na pele. Mas agora chega o momento de falar de empoderamento de forma macro, olhar para a Amazônia como uma consciência feminina que também sofre abusos, como nós mulheres, e eu também vivo isso na pele”, explica. 

Mary associa a exploração do corpo feminino, com a exploração da Amazônia 

A apresentadora traz o ecofeminismo como mote, mas não se prende ao título. “O ecofeminismo traz essa lógica, mas não precisa ser ecofeminista pra entender que a exploração do corpo feminino, e a exploração do meio ambiente são a mesma coisa. Temos inclusive que parar de exigir comprovação literária e acadêmica, para dar “carteirinha de clube” para outras mulheres. As mulheres precisam sentir, o nosso corpo sente e sabe”, explica Mary. 

Mary explica ainda que a proposta é que outras mulheres somem a editoria. “Tenho mulheres incríveis que admiro e que estão construindo trabalhos reais aqui na Amazônia. Já estou conversando com algumas delas para que somem ao time. É substancial que a gente fale sobre a gente, se não a lógica hiper-masculina, sudestina, vem e nos rouba esse lugar”, explica.