Com apenas um mês e meio no governo, a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss renunciou ao cargo nesta quinta-feira, 20 de outubro.
Truss, que substituiu Boris Johnson no comando do país, é a terceira ministra consecutiva a deixar o poder de forma antecipada. Ela não suportou a pressão após um polêmico plano econômico que gerou revolta tanto no mercado quanto dentro do próprio partido.
O plano econômico previa um corte amplo e severo de impostos enquanto, em paralelo, um empréstimo bilionário seria feito para tentar cobrir o rombo nas contas públicas.
Em pronunciamento na porta de Downing Street, a sede do governo do Reino Unido, em Londres, Liz Truss, informou ter anunciado a saída primeiro para o Rei Charles III e declarou não conseguir atuar no cargo para o qual foi eleita. “Nós estabelecemos uma visão para imposto baixo e que nos permitiria disfrutar a liberdade do Brexit. Eu reconheço que não consigo entregar o mandato para o qual eu fui eleita”, disse.
A situação de Truss ficou ainda mais delicada após a queda de dois ministros de seu governo: o de Finanças, que era o responsável pelo polêmico plano econômico, e a do Interior, Suella Braverman, que renunciou na quarta-feira (19). A saída de Braverman, considerada a mais linha dura do governo de Truss, foi a saída que mais causou impacto e aprofundou a crise.