Estudantes do curso de medicina da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, fizeram uma descoberta rara durante a dissecação de um corpo: um homem de 78 anos possuía três pênis, uma condição conhecida como trifalia.
ENTENDA
A trifalia é uma condição extremamente incomum, sendo esse apenas o segundo caso documentado na medicina. No caso desse homem, os órgãos extras estavam localizados internamente, o que significa que, externamente, não havia sinais visíveis da anomalia. De acordo com os especialistas, não é possível saber se o paciente estava ciente de sua condição, já que os órgãos adicionais não eram perceptíveis de fora.
Apesar da raridade da trifalia, a presença de órgãos genitais supranumerários pode ter causado complicações ao longo da vida do paciente. A análise médica indica que ele poderia ter sofrido de infecções do trato urinário, disfunção erétil e problemas de fertilidade, ainda que não haja informações concretas sobre esses aspectos em seu histórico médico.
O relatório descreve com detalhes a formação dos órgãos: “Cada haste peniana exibia seus próprios corpos cavernosos e glande. O pênis primário, o maior, e o mais superficial dos pênis supranumerários compartilhavam uma única uretra, que passava pelo pênis secundário antes de sua passagem pelo pênis principal. Já o menor pênis supranumerário não possuía uma estrutura semelhante à uretra”, afirmou a equipe que analisou o caso.
Devido às políticas de privacidade locais, a identidade do homem e seu histórico médico não foram divulgados. Sabe-se apenas que ele era um homem branco, com cerca de 1,80 m de altura e de porte médio-grande. Não há informações sobre se ele buscou tratamento durante a vida por algum problema relacionado à condição.
Embora a trifalia seja raríssima, outras formas de formação peniana supranumerária, como a diphallia (duplo pênis), também são extremamente incomuns, afetando aproximadamente um a cada 5 a 6 milhões de homens. Esses casos despertam grande interesse no campo médico devido à complexidade anatômica e aos desafios que essas condições podem impor à qualidade de vida dos pacientes.
A descoberta, além de surpreender a comunidade acadêmica, reforça a importância do estudo detalhado de anomalias raras para entender melhor suas implicações e possibilidades de diagnóstico e tratamento.