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Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira é absolvido de acusações de assedio moral e sexual: “longa e dolorosa investigação”

O arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira, veio a público nesta quarta-feira, 30, informar que foi absolvido e inocentado no processo que investigava supostas denúncias de assédio moral e sexual contra o pároco, que teriam ocorrido entre os anos de 2010 e 2014, na residência do religioso.

“Há pouco mais de um ano tive a alegria de receber a decisão de arquivamento de todos os procedimentos levados a efeito junto às autoridades públicas competentes. Após uma longa e dolorosa investigação, na qual foram ouvidas muitas pessoas, com a comprovação da falta de provas contra mim”, afirmou Taveira em nota.

No documento de seis parágrafos, o arcebispo desabafa sobre o sentimento que teve ao longo do toda a investigação. “Esses últimos dois anos foi de muito sofrimento, profunda oração e perseverante confiança na providência divina e na justiça de Deus. Está assim concluída definitivamente o processo na esfera canônica, perante o Tribunal da Igreja, em relação às calúnias levantadas contra a minha honra”, contou em nota.

Um processo canônico na Santa Sé, como consequência das acusações, o que motivou motivou o adiamento do pronunciamento oficial de Dom Alberto. A sentença de absolvição foi assinada em 28 de outubro de 2022, em que os juízes do Colégio Judicante constituído no Brasil pela Sé Apostólica, representando, no país, o órgão do Vaticano responsável por apurar casos desta natureza. Eles chegaram à conclusão de que não houve indícios de culpa com relação ao padre. No dia 26 de novembro, o documento da decisão da justiça foi recebido pelo arcebispo.

AS DENÚNCIAS

As acusações contra o arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa, foram conhecidas em janeiro de 2021, quando formalizadas junto ao Ministério Público, ainda em agosto de 2020. Ele foi acusado de assédio moral e sexual por quatro ex-seminaristas que frequentaram sua casa entre 2010 e 2014. No contexto dos supostos abusos sexuais, os seminaristas tinham entre 15 e 20 anos de idade.

Na denúncia, eles chegaram a relatar atendimentos particulares na casa do arcebispo, e não na arquidiocese, onde eram questionados sobre sexo, tentações e homossexualidade. A denúncia incluía detalhes de que os seminaristas tinham que ficar nus e eram abusados.

*Com informações de Portal O Liberal