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Argentina tem greve geral contra medidas de choque de Milei

Argentinos promoveram uma paralisação de 12 horas em ocorrência às duras medidas anunciadas por Milei em dezembro para liberalizar a economia argentina e reduzir os gastos públicos, incluindo um mega decreto que altera ou revoga mais de 300 leis.

Este foi apresentado por Milei, incluindo a privatização de estatais e desregulamentação do sistema de saúde e relações trabalhistas, e buscar equilíbrio fiscal.

O pacote está sendo analisado pelo Congresso, que pode derrubá-lo se tanto o Senado quanto a Câmara assim decidirem. Diante da dificuldade de obter o apoio necessário, o governo anunciou na última segunda-feira que retirou 141 artigos da versão original do decreto.

Entre os pontos modificados, está a retirada da petroleira YPF das estatais a serem privatizadas, uma mudança na fórmula de reajustes de aposentadorias e a redução do prazo do estado de emergência de quatro para dois anos no máximo.

A paralisação afetou o tráfego aéreo, com a Aerolíneas Argentinas cancelando quase 300 voos, o que atingiu mais de 20 mil passageiros e resultou numa perda de cerca de 2,5 milhões de dólares, segundo a empresa.

As lojas e bancos da capital funcionavam normalmente antes do início da greve geral, convocada entre o meio-dia e a meia-noite (hora local), e os transportes públicos estavam programados para funcionar até às 19h.