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Às vésperas da Black Friday, trabalhadores dos Correios de quatro estados podem entrar em greve; entenda

Funcionário dos Correios em unidade do Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

Os sindicatos dos Correios das cidades de São Paulo e Bauru, ambos do estado Paulista, e dos Estados do Rio de Janeiro e Maranhão, colocam em votação entre esta quarta-feira, dia 22, e a próxima quinta-feira, 23, a proposta de iniciar uma greve por tempo indeterminado que começaria a partir da véspera da Black Friday.

Os sindicatos são representados pela federação Findect, que ressaltou que a greve ainda será votada em assembleia. As informações são do portal UOL

Segundo informações da Findect, o sindicato em Tocantins já aprovou a paralisação. Desde a manhã desta quarta, já haviam afirmações de que todos os sindicatos citados aprovaram a greve, o que em seguida foi corrigido para a possibilidade de paralisação após votação em assembleia.

Essa movimentação acontece em resposta ao que a federação chamou de “recusa dos Correios” em resolver questões relacionadas à assinatura de acordo coletivo. A Findect afirmou que representa “40% do efetivo nacional” dos Correios e “60% do fluxo postal do país”. Atualmente há 36 sindicatos de trabalhadores dos Correios no Brasil.

As afirmações foram feitas em publicação no site oficial da Findect, que representa os sindicatos.

Entre as questões, o acordo não incorpora R$ 250 ao salário base da categoria, o que configura “um golpe financeiro direto contra os trabalhadores”, segundo a Findect.

“Nos últimos 50 dias, a Federação buscou incansavelmente o diálogo com a direção da empresa para corrigir as 26 inconsistências identificadas antes da assinatura do acordo coletivo. Infelizmente, a resposta da direção, presidida por Fabiano Silva, foi inerte e, por vezes, parecia pertencer a um mundo onírico, alinhando-se a uma política que prejudica nossa categoria”, diz trecho do comunicado da entidade.

Além disso, são cobradas outras demandas como a retirada da incidência de impostos de uma bonificação de R$ 1,5 mil que será paga em janeiro, a realização de concurso público, melhoria nos planos de saúde e condições de trabalho.