A sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 13, precisou ser interrompida após um bate-boca envolvendo parlamentares de esquerda e bolsonaristas. O delegado Éder Mauro (PL) partiu para cima de deputadas que falavam sobre Marielle Franco, na véspera do dia em que ela foi assassinada. O oposicionista Gilvan da Federal (PL-ES), também entrou no bate-boca.
Nas redes sociais, deputados se manifestaram sobre o ocorrido. A presidente da comissão, deputada Daiana Santos (PCdoB-RS) classificou o episódio como “violência política de gênero”. “Hoje, a extrema-direita intolerante reproduziu a forma mais pura de violência política de gênero”, afirmou.
Deputados brigaram e trocaram insultos na sessão da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 13.O bate-boca envolveu parlamentares de esquerda e bolsonaristas. Éder Mauro (PL) partiu pra cima de deputadas que falavam sobre a vereadora morta em 2018. pic.twitter.com/NPPiQzlDna
— BT Mais (@belemtransito) March 14, 2024
A provocação deflagrou uma troca de ofensas entre deputados de esquerda e de direita. Éder Mauro continuou: “Marielle Franco acabou, porra. Não tem porra nenhuma aqui”, gritou. Talíria Petrone (PSOL-RJ), do mesmo partido e Estado da ex-vereadora, também aos gritos, chamou o parlamentar bolsonarista de “torturador” e “matador de merda”.
“Você é um torturador, matador, torturador”, disse Talíria, com o dedo em riste. Neste momento, tanto oposicionistas como governistas gritavam sem parar. Assessores de deputados de esquerda entoaram o cântico de “Marielle presente”, enquanto Éder Mauro gesticulava com sinal de reprovação.
“Não é possível aceitar que uma comissão como essa seja utilizada para esse tipo de discurso”, afirmou Daiana, presidente da comissão. Ela, Talíria e Henrique Vieira se reuniram após a briga para decidir como reagiriam ao acontecimento.