Moradores de Belém, Altamira, Breves, Castanhal, Marabá, Redenção e Santarém participarão nos próximos dias de uma pesquisa do Ministério da Saúde sobre os efeitos da pandemia da covid-19. A coleta de dados iniciou na última segunda-feira, 11, e ainda não há uma data para encerramento para essa que é uma nova fase do maior estudo epidemiológico sobre a doença no país.
O Epicovid 2.0 é coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e encomendado à Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
A pesquisa usará informações de 250 cidadãos de cada um dos municípios que já fizeram parte das quatro rodadas anteriores do trabalho científico, em 2020 e 2021. Equipes de entrevistadores visitarão as residências para ouvir os moradores sobre questões centradas em pontos como vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas de longa duração e os efeitos da doença sobre o cotidiano. Os entrevistadores estarão devidamente identificados para realizar as entrevistas, e a expectativa é que o período de coleta dos dados dure entre 15 e 20 dias.
Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 20% das pessoas, independentemente da gravidade da doença, desenvolvem condições pós-covid. Neste sentido, é preciso apurar os dados relativos ao Brasil para ampliar serviços, como atendimento neurológico, fisioterapia e assistência em saúde mental.
Todos os participantes serão selecionados de forma aleatória, por sorteio, e apenas uma pessoa por residência responderá ao questionário. Diferente das primeiras etapas da pesquisa, na atual não haverá qualquer tipo de coleta de sangue ou outro teste de covid.
Com base nos resultados do Epicovid 2.0, o Ministério da Saúde espera ter condições de qualificar e ampliar serviços especializados demandados por conta dos efeitos da chamada covid longa. A análise completa dos dados também irá embasar artigos científicos que auxiliem a compreender o impacto da covid-19 no Brasil.
Além do Ministério da Saúde e da UFPel, estão diretamente envolvidas no estudo a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Todas as entrevistas serão realizadas pela empresa LGA Assessoria Empresarial, contratada pelo Ministério da Saúde para a tarefa. Os profissionais que farão o contato direto com os moradores para a coleta dos dados receberam treinamento e estarão devidamente identificados com crachás da empresa e coletes brancos com as marcas da Universidade Federal de Pelotas, da Fundação Delfim Mendes Silveira (FDMS) e da LGA.
Em caso de dúvidas, os moradores podem entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Belém, através dos telefones (91) 3251-4207 e (91) 98400-8247. A empresa LGA também pode ser acionada através dos telefones (31) 3335-1777 e (31) 99351-2430. Informações sobre o Epicovid 2.0 também estão disponíveis nos sites do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Pelotas.
*Feito com informações de Ministério da Saúde.