Uma samaumeira de 25 metros e centenária perdeu um grande galho de sua estrutura nesta segunda-feira, 06, na praça Santuário de Nazaré, no CAN, o que ocasionou um grave comprometimento da árvore, pois, segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Município (Semma), não há como regenerar ou salvar a árvore. Apesar disso, uma última tentativa foi feita pela prefeitura, nesta terça-feira, 7, de podar o vegetal drásticamente na esperança de que a samaumeira floresça e se fortaleça de novo. Em menos de um mês, essa é a segunda grande árvore que cai em corredores de muito movimento e fluxo em Belém.
Em janeiro, uma mangueira caiu na Avenida Alcindo Cacela, e destruiu um carro e um carrinho de venda de guaraná natural.
O QUE ESSES EPISÓDIOS SIGNIFICAM?
Claro que cada caso de queda de árvore deve ser investigado de acordo com suas peculiaridades e circunstâncias, mas também jogam luz para um cenário que pode ser preocupante e de risco para maiores acidentes, sobretudo porque estamos dentro do inverno amazônico, que é marcado por muitas chuvas e ventania, que seguem de janeiro até abril.
Segundo a Semma, Belém tem em torno de 120 mil árvores. Deste total, cerca de 15 mil são mangueiras. Além de outras espécies de samaumas, Oitizeiros, Castanholas, pau preto, mangueiras, ficus (inapropriado para arborização), que compõem a arborização urbanização da capital paraense.
“A fiscalização das árvores da cidade de Belém é feita de forma permanente e continuada. Quando detectamos algum vegetal em risco de queda, de imediato são tomadas iniciativas de poda corretiva, que faz o rebaixamento das copas. Caso não se elimine os riscos o vegetal é suprimido, portanto, nesse momento não temos conhecimento de árvores que estejam sob risco de queda”, disse a Semma ao BT.
Em corredores de grande fluxo, como as avenidas Presidente Vargas, Nazaré e Magalhães Barata, estas duas já marcadas por quedas de árvores este ano, os últimos diagnósticos feitos pela secretaria municipal são de outubro de 2022. Nesse sentido, para a Semma, “não foi detectado a existência de árvores em risco de queda nestas três vias”.
Sobre últimas quedas recentes de árvores, o departamento de Áreas Verdes Públicas da secretaria precisa de uma semana para entregar os laudos sobre as causas da queda da samaumeira da última segunda, 6.
A meta da refeitura é, até 2024, plantar 150 mil árvores na cidade.
IMPACTOS
Aproximadamente 5 mil periquitos viviam na copa da samaumeira que caiu em Nazaré, conforme disse a Semma ao BT: “Quanto aos periquitos que habitavam a samaúma no local, a Semma avalia que não há impacto para as aves, considerando que há outras árvores próximas, que devem servir de abrigo para os animais”, afirmou.
O BT entrou em contato com a Semma sobre a queda da samaumeira do CAN nesta segunda, 6. Em nota, a Semma disse “que a árvore que perdeu boa parte de sua estrutura aérea, na manhã desta segunda-feira, 6, e todas as árvores do trajeto do Círio, além das outras samaúmas no Complexo do Santuário de Nazaré, foram avaliadas e verificada a saúde de cada uma delas no mês de outubro. Não foi detectado nenhum problemas com nenhuma delas”.
A geógrafa especialista em Geoprocessamento e Análise Ambiental Bárbara Paiva comentou sobre a forma que políticas ambientais podem ser aplicadas no município para evitar novos episódios do tipo. Confira:
