Na noite desta quarta-feira (3), documentos judiciais tornados públicos nos Estados Unidos revelaram ligações entre diversas personalidades proeminentes e Jeffrey Epstein, bilionário norte-americano envolvido em um escândalo de tráfico sexual. Entre os nomes mencionados, estão o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, e o príncipe Andrew, do Reino Unido, irmão do rei Charles.
Jeffrey Epstein comandou um esquema de tráfico sexual antes de se declarar culpado em 2008, conviveu com milionários de Wall Street, membros da realeza e celebridades. O bilionário cometeu suicídio aos 66 anos, em 2019, enquanto estava preso e aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual.
MAIS DE 150 NOMES LIGADOS EPSTEIN
Mais de 150 nomes que faziam parte de um processo movido por Virginia Giuffre, uma das principais acusadoras de Epstein, foram mantidos sob sigilo por anos. No entanto, uma juíza federal decidiu recentemente que não havia justificativa legal para manter essas informações em segredo.
Entre os nomes citados, estão políticos, líderes financeiros e personalidades como George Mitchell, ex-senador dos EUA, e Bill Richardson, ex-governador do estado do Novo México. Vale ressaltar que alguns nomes, como Donald Trump e David Copperfield, foram mencionados sem serem vinculados a irregularidades.
BILL CLINTON E PRÍNCIPE ANDREW: LIGAÇÕES EXPOSTAS
Em depoimento, uma das vítimas relatou que Epstein mencionou que Bill Clinton gostava de jovens, em 2016. No entanto, não há acusações diretas de irregularidades contra o ex-presidente. Um porta-voz de Clinton confirmou que ele voou no avião privado de Epstein em 2019, mas alegou que o ex-presidente não tinha conhecimento dos crimes do bilionário.
Quanto ao príncipe Andrew, documentos judiciais revelaram uma acusação de Giuffre, afirmando que a ex-namorada de Epstein, Ghislaine Maxwell, teria arranjado um encontro sexual entre a garota e Andrew. O príncipe britânico, que negou anteriormente essas alegações, perdeu a maioria de seus títulos reais devido à sua associação com Epstein. Ele fez um acordo judicial com Giuffre em 2023, negando qualquer irregularidade.
Essa exposição de nomes e ligações destaca mais um capítulo no caso complexo envolvendo Jeffrey Epstein e seu círculo de influência, trazendo à tona questões sobre o alcance do escândalo de tráfico sexual que abalou diversas esferas da sociedade.
Os documentos revelados são parte de um processo de difamação movido por Giuffre contra Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein presa por recrutar meninas menores de idade para o esquema do bilionário.
