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Bolsonaro diz que estava medicado com morfina quando publicou informações falsas sobre eleições

Defesa alega que o compartihamento do vídeo foi um "equívoco", e que ele o apagou logo após ser informado do erro

A defesa de Jair Bolsonaro alegou em depoimento dado à Polícia Federal nesta quarta-feira (26) que o ex-presidente estava sob efeito de remédios quando compartilhou um vídeo com informações falsas que questionam o resultado da última eleição. Jair virou alvo de inquérito que apura os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

Quem informou que Bolsonaro estava medicado quando fez a postagem foi o ex-ministro e advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten. O ex-presidente é investigado como um dos autores intelectuais e instigador dos atos. Ele afirmou, em depoimento à PF, que a intenção era enviar o vídeo pelo WhatsApp e não publicá-lo no Facebook.

Os advogados do ex-mandatário alegam que ele estava medicado pois havia acabado de receber alta após ser internado com fortes dores abdominais, nos Estados UnidosO post foi apagado cerca de duas horas depois de ser divulgado.

“Foi um equívoco [de Jair Bolsonaro] na hora de salvar o arquivo para assistir posteriormente. Foi ele que postou, mas foi um incidente. Ele foi avisado do erro e apagou”, disse Paulo Cunha Bueno, advogado do ex-presidente.

Na defesa, Wajngarten argumentou que a postagem no Facebook por meio do celular se dá por “meros dois cliques”. “A mecânica de postagem se dá com meros dois cliques. A gente juntou ao depoimento um vídeo ilustrativo sobre como se dá a postagem”, disse.

No vídeo publicado, um procurador do estado de Mato Grosso do Sul divulga teses já desmentidas sobre as eleições de outubro. Diz, por exemplo, que o povo brasileiro não tem “poder” sobre o processo de apuração dos votos.