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Bolsonaro guardou joias, armas e outros presentes em fazenda de Nelson Piquet

Itens de alto valor eram mantidos na Fazenda Piquet, propriedade do ex-piloto de Fórmula 1

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante a cerimônia de hasteamento da bandeira no 7 de setembro. Ele estava à bordo de um Rolls Royce dirigido pelo ex-piloto Nelson Piquet — Foto: Reprodução

De acordo com informações divulgadas pelo Jornal Estadão, o ex-presidente Jair Bolsonaro guardou os presentes recebidos durante o seu tempo de governo na “Fazenda Piquet”, propriedade pertencente ao ex-piloto de Fórmula 1, Nelson Piquet, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Dentre os presentes, estão joias e armas cuja inclusão no acervo pessoal do ex-presidente está sendo questionada no Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo o jornal, os itens guardados no local saíram pelas garagens privativas dos Palácios do Planalto e Alvorada. E somente itens de alto valor, como joias e diamantes, foram encaminhados à propriedade de Piquet e tratados como bens pessoais. O Estadão apurou que outros objetos, como cartas e livros, foram enviados para o Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e para a Biblioteca Nacional do Rio, como bens do Estado brasileiro.

O primeiro pedido de envio das caixas foi registrado no dia 7 de dezembro de 2022, pouco mais de um mês após o segundo turno da eleição vencida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas um atraso fez com que os itens só saíssem do Palácio no dia 20 do de dezembro, pouco antes do fim do mandato de Bolsonaro. Parte desse material, como joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita, foram inclusive devolvidas ao poder público federal pela defesa do ex-chefe de estado.

Joias entregues pelos agentes de Bolsonaro à União — Foto: Reprodução

Piquet é apoiador declarado de Jair, e doou R$ 200 mil ao PL, partido do ex-presidente, nas eleições do ano passado. O empresário já havia destinado R$ 501 mil diretamente à campanha do candidato à reeleição.

Nelson Piquet é apoiador de Bolsonaro e já doou milhares de reais à sua campanha — Foto: Reprodução

*Com informações de Estadão