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Bombardeio israelense em escola da ONU mata 40 pessoas; Israel diz que foi atacado

Uma escola da ONU na Faixa de Gaza foi atingida nesta quinta, 6, por um bombardeio de Israel. Segundo governo local, controlado pelo Hamas, 40 pessoas morreram, entre elas cinco crianças. O Exército de Israel fala entre 20 a 30 vítimas fatais.

As forças Armadas israelenses admitiram o ataque, mas alegaram que foram alvejados por terroristas do Hamas que estavam no interior da escola e foram mortos no bombardeio de resposta. Para o Exército, a escola seria uma base dos terroristas, o que foi negado pela Organização das Nações Unidas.

A UNRWA, da ONU, negou a afirmação e disse que o espaço era ponto de abrigo a palestinos. O ataque aconteceu em um campo de refugiados de Nuseirat, que fica na região central da Faixa de Gaza.

A ESCOLA

A escola é administrada pela agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) e, segundo a ONU, oferece aulas a crianças do campo de refugiados, que originalmente abriga palestinos que vivam em territórios transformados no Estado de Israel em 1948.

Palestinos observam escola de agência da ONU em Nuseirat, na região central de Gaza, destruída em ataque de Israel no dia 6 de junho de 2024 — Foto: Bashar Taleb/AFP
Palestinos observam escola de agência da ONU em Nuseirat, na região central de Gaza, destruída em ataque de Israel no dia 6 de junho de 2024 — Foto: Bashar Taleb/AFP.

Já as autoridades da Faixa de Gaza, controladas pelo Hamas, acusaram as forças israelenses de terem cometido “um massacre horrível”. “Um número considerável de mártires e feridos continuam chegando ao hospital de Al-Aqsa”, afirmou o governo local.

Segundo a agência de notícias Associated Press, o hospital disse ter recebido 30 corpos em consequência do bombardeio à escola. Além disso, outras seis pessoas morreram em um outro ataque na região.

Já a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse que o mesmo hospital recebeu cerca de 70 mortos e 300 feridos desde terça-feira (4). A organização afirmou que a maioria dos pacientes é composta por mulheres e crianças alvos de bombardeios.

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