A partir desta sexta, 01, o Brasil passa a presidir a cúpula do G20, encontro que reúne as maiores economias do mundo. O encontro será em novembro do ano que vem, no Rio de Janeiro. Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez o comunicado anunciando o evento internacional no país e reforçou os compromissos de lutar contra a fome, a extrema pobreza e a desigualdade no mundo.
Criado nos anos 1990, o grupo reúne as maiores economias do mundo, responsáveis por mais de 80% da economia global. Os Estados-membros se reúnem anualmente para discutir iniciativas econômicas, políticas e sociais.
Além do Brasil, também integram o G20 países como Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Itália, Japão, China, Argentina, Inglaterra e Rússia.
A última cúpula presencial do grupo aconteceu em setembro deste ano, na Índia, que exercia a presidência rotativa do G20. Em novembro, os países se reuniram em cúpula virtual para discutir, entre outros temas, o conflito entre Israel e o Hamas.
“O Brasil assume a presidência do G20 com o compromisso de colocar a luta contra a fome, extrema pobreza e desigualdade no centro da agenda global. Em nossa gestão, focaremos em uma transição energética urgente, posicionando o Brasil como líder na produção de energia verde. Além disso, buscamos reformar a governança global, adaptando-a às demandas do século XXI. O progresso só será verdadeiramente sustentável se abraçarmos novos paradigmas e direcionarmos esforços para produção, trabalho e emprego. Na linha de frente contra a discriminação, lutaremos incansavelmente contra o racismo e todas as formas de violência contra as mulheres. O Brasil vai trabalhar com os demais países do bloco para tornar real o lema da nossa presidência do G20: a construção de um mundo justo e um planeta sustentável”, disse Lula nas redes sociais.
O lema da presidência brasileira será “Construindo um Mundo justo e um Planeta Sustentável”.
De acordo com o presidente Lula, o Brasil pretende pautar três eixos centrais de discussão durante a presidência do G20:
Inclusão social e combate à fome e à pobreza
Lula tem afirmado que é papel dos líderes do G20 “fortalecer a capacidade do Estado de cuidar dos seus cidadãos”, acrescentando que é preciso combater a desigualdade e que o mundo não deve normalizar o “inaceitável”.
Transição energética e desenvolvimento sustentável
O presidente também tem afirmado que é necessário atuar de forma “urgente” para fazer com que as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) sejam alcançados e que, para isso, os líderes do G20 têm que formular “respostas conjuntas”.
Reforma da governança global
Nas diversas viagens que tem feito ao exterior para participar de fóruns internacionais, Lula tem feito reiteradas críticas, por exemplo, ao Conselho de Segurança da Nações Unidas.
O presidente tem afirmado, por exemplo, que o grupo ainda representa a geopolítica dos anos 1940 e que precisa de mais integrantes, acrescentando que países como Brasil, África do Sul, Alemanha e Japão deveriam integrar o grupo.
O Brasil comandou no segundo semestre deste ano diversos organismos multilaterais.
Além do G20, cuja presidência começa nesta sexta-feira, o país também está à frente do Mercosul (grupo que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) durante o segundo semestre deste ano e comandou o Conselho de Segurança da ONU durante o mês de outubro.
Durante a presidência do conselho da ONU, o Brasil buscou aprovar uma resolução que pudesse levar a um cessar-fogo no Oriente Médio em meio ao conflito entre Israel e o Hamas.
No Mercosul, o foco foi a conclusão das negociações do acordo comercial entre o bloco e a União Europeia.
A GloboNews apurou que o objetivo do Brasil é anunciar na semana que vem a finalização do acordo, durante a cúpula do bloco, no Rio de Janeiro.
*Feito com informações de G1 e GloboNews.