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Brasileiros nunca estiveram tão decididos sobre em quem votar para presidente desde 1989

As eleições presidenciais parecem já estar com um caminho traçado há dois meses da votação do primeiro turno. É o que mostra um levantamento feito pela Pulso, especializada em pesquisas de opinião pública. 

De acordo com a pesquisa, sete em cada dez brasileiros já sabem em quem vão votar em outubro e declararam seu voto de forma espontânea – sem olhar uma lista com os nomes dos candidatos – em pesquisa do Datafolha.

Levantamento foi feito a partir de pesquisas do Datafolha. Foto: Reprodução.

O estudo, que  atingiu o maior índice de eleitores decididos desde o retorno do país ao sistema democrático, foi feito a partir de comparações com outras pesquisas do Datafolha em diferentes anos de eleição. Pesquisas feitas com questionários que também não apresentavam um “cardápio” de candidatos, para, assim, saber qual o primeiro nome vem à cabeça das pessoas.

Já o número dos eleitores que não sabem em quem vão votar caiu. Este ano, 27% dizem não saber em quem votar. A nível de comparação, o pleito disputado entre Dilma Rousseff e Aécio Neves chegou a marca superior aos 50% entre os eleitores que não sabiam em quem votar.

Aécio Neves e Dilma Rousseff. Foto: Reprodução.

Outra mudança que promete impactar as eleições de 2022 é a queda de votos brancos e nulos. Em junho de 2018, poucos meses antes das eleições daquele ano, o número de eleitores decididos por votos brancos ou nulos era de 23,2%. Agora, esse número caiu drasticamente para 6%.

LULA X BOLSONARO

Lula e Bolsonaro. Foto: Reprodução.

O levantamento feito pela Pulso mostra, ainda, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresenta sua melhor performance eleitoral este ano. Ao todo, 38% dos eleitores entrevistados pelo Datafolha elegem o nome do petista como o preferido para chefe do Executivo. O desempenho bate o de 2006, quando Lula disputou a reeleição e aparecia com 28,1% na espontânea.

Já o presidente Jair Bolsonaro também vem melhor nos números. Se em 2018 ele apresentava 11,9% da escolha espontânea, este ano o número saltou para 26%.