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‘Brigadeirão’: entenda o caso da mulher que matou o namorado com doce envenenado

Júlia Cathermol, acusada de matar o namorado com um brigadeirão envenenado, se entregou à polícia na última terça-feira, 4.  Júlia havia prestado depoimento na delegacia no dia 22 de maio e desde então, ela era considerada foragida.

De acordo com as investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o empresário Luiz Marcelo Ormond foi assassinado após consumir um “brigadeirão” envenenado. A sobremesa continha cerca de 60 comprimidos moídos de um medicamento à base de morfina e clonazepam, um potente calmante.

ENTENDA COMO O CASO DO BRIGADEIRÃO ACONTECEU

Julia Andrade Cathermol Pimenta e Luiz Marcelo Antônio Ormond, se conheceram há cerca de 10 anos em um site que ofertava serviços de garotas de programa e mantiveram contato até assumirem um relacionamento em abril deste ano. 

Além de Luiz, a psicóloga também namorava o advogado Jean Cavalcante de Azevedo há 2 anos e meio. O empresário ainda assim estaria interessado em oficializar uma união estável, porém sempre adiava, o que teria irritado a acusada, que decidiu cometer o crime para ficar com os bens da vítima.

‘Brigadeirão’
Brigadeirão: entenda o caso da mulher que matou o namorado com doce envenenado´. Imagem: Reprodução/ Internet

O corpo do empresário foi encontrado em estágio de decomposição no apartamento onde morava. A polícia encontrou o corpo após uma denúncia dos vizinhos por conta de um forte cheiro.

A ÚLTIMA VEZ QUE O EMPRESÁRIO FOI VISTO

No início de abril, ela afirmou para o outro namorado, Jean, que iria trabalhar como babá na casa de uma amiga na Região dos Lagos. Na época foi quando ela se mudou e foi morar no apartamento de Luiz, no Engenho Novo. 

O empresário foi flagrado pelas câmeras do prédio onde mora subindo pelo elevador carregando um doce embrulhado ao lado de Júlia. Nas imagens é possível ver que ele reclama de dores que está sentindo.

A autópsia do corpo encontrado foi inconclusiva para agressões e ferimentos e logo as investigações apontaram que ele teria sido envenenado pelo brigadeirão que comeu, já que após os exames no corpo foram encontradas amostras de líquido achocolatado no estômago da vítima. 

DEPOIMENTO

Júlia foi intimada a depor no dia 22 de maio e compareceu à delegacia sem advogado para prestar depoimento. Durante toda a conversa, Júlia falava de maneira descontraída e não esboçou reação ao ser informada da morte do companheiro. 

Ela chegou a zombar de Luiz, afirmando que gostava muito dele, porém ele tinha problemas de disfunção erétil, além de relatar uma briga após ser traída. Durante o depoimento, ela afirmou para a polícia que Luiz serviu café da manhã em uma segunda, momento em que a vítima já estava morta. 

Mesmo assim, por falta de provas, ela foi liberada após depor e logo em seguida foi considerada foragida. Ela acabou se entregando no dia 4 de junho, além de outras duas pessoas identificadas como a cigana Suyany Breschak e o ex-namorado Victor Ernesto de Sousa, suspeitos de serem presos por suspeita de receptação de bens da vítima.

Em depoimento, Suyany revelou que Júlia confessou ter adicionado comprimidos de medicamentos controlados no brigadeirão. Após a morte do empresário, tentou disfarçar o cheiro do cadáver cobrindo o corpo com lençóis, ligando os ventiladores e higienizando o local com água sanitária.