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BT Pet I A importância da boa comunicação entre o médico veterinário e o tutor de pet

A escolha do profissional que irá atender/acompanhar o seu bichinho é uma das decisões mais importantes quando falamos da responsabilidade de ter um pet.

Isso porque é imprescindível que exista uma relação de confiança genuína entre vocês, pois você precisa confiar que o profissional está fazendo o correto e ele precisa confiar que você irá seguir suas recomendações. Tudo sempre objetivando o bem-estar do bichinho, pois como ele não fala e não é capaz de expor suas próprias queixas, a comunicação entre profissional e tutor precisa ser sempre muito clara.

Ao insistir em uma relação onde essa linha de confiança é frágil (ou mesmo tenha se rompido), você acaba expondo o seu pet a consequências bastante negativas, como por exemplo o atraso em botar um tratamento em prática, prolongando o sofrimento dele, ou mesmo o levando a óbito, a depender da gravidade do caso.

Pensa comigo: você vai se sentir confortável em realizar os exames e dar as medicações que um veterinário recomendou, se você não confia no trabalho dele? Se você sente que está sendo enganado? Aqui eu não estou colocando em cheque a capacidade técnica dele (longe disso!), mas sabemos que há pessoas com as quais nos identificamos mais e outras menos. E a prática clínica envolve a confiança como um dos seus pilares principais (me arrisco a dizer até que esse seria o principal).

Ao insistir em prosseguir acompanhamento com um profissional com o qual você sempre discorda, o desgaste no processo atinge todas as partes envolvidas (sobretudo o paciente, que não pode responder por si mesmo). Nesses casos, não seria então melhor buscar uma segunda opinião? Isso não otimizaria o processo e possibilitaria resolver o problema do seu bichinho mais rápido?

Eu realmente fico pensativa quando vejo tutores insistirem em ser atendidos por profissionais com os quais sempre têm atritos e sempre discordam dos protocolos instituídos. Ou que sempre vão no mesmo estabelecimento veterinário e 100% das vezes o resultado é caos e confusão, pois sempre reclamam que o serviço ali é ruim ou que ali “sempre matam os bichos”.

O que prende esse tutor a sempre se submeter a um atendimento que não lhe agrada, que não lhe passa confiança? E esse é um questionamento genuíno, do fundo do coração.

Se fosse depender da vontade de qualquer médico, seja de gente, seja de bicho, ninguém no mundo morria. Não somos seres divinos, não temos a mão ungida que cura só com a força de querer fazê-lo (e acredite, sempre queremos MUITO). Somos humanos que trabalham dentro do que a ciência nos permite, mas a vida, seja ela qual for, tem seus limites.

Nossa cidade já tem inúmeras opções de locais e profissionais. Escolha aqueles com os quais você se identifica, onde você se sinta acolhido e realmente confie. A vida de um serzinho depende dessa escolha e do seu intermédio. Seja consciente e não perca tempo (e dinheiro, é importante frisar!) onde não sente que seus problemas possam ser resolvidos.