O corte de unhas faz parte do cotidiano de tutores de pets, porém ainda existem muitas dúvidas sobre o procedimento que, em via de regra, costuma ser bem simples. Alguns não se sentem seguros, seja pelo medo de cortar demais, seja porque seus pets ficam agitados/agressivos nesse momento, preferindo atribuir essa missão a profissionais em pet shops.
É importante saber como está organizada a anatomia dessa região. A unha não pode ser cortada “no sabugo” porque para além do que vemos, existem estruturas, como vasos sanguíneos, que quando rompidos, causam muita dor e um sangramento intenso.
A frequência dos cortes varia muito de bichinho para bichinho, pois animais que vivem em ambientes que propiciam o desgaste natural das unhas, como em pisos de concreto ou aqueles que passeiam na rua com frequência, acabam precisando de cortes com menor frequência do que aqueles que vivem em pisos lisos.
É preciso estar sempre de olho e monitorar o crescimento das unhas, pois quando elas estão muito grandes, podem dificultar o caminhar do bichinho, tendo como consequência dores na base das unhas, escorregões, dores articulares, ou mesmo pequenas deformações.
A unha que mais costuma ser esquecida é a que fica “soltinha”, que fica mais em cima e que às vezes tem um crescimento tão acentuado que acaba enrolando e penetrando a almofadinha do pet. Por ser dolorido, às vezes precisamos sedar o paciente para realizar o corte, a retirada da porção que penetrou e realizar o curativo adequado (tudo isso realizado em consultório por um médico veterinário, claro).
Existe uma técnica para o corte das unhas, tanto de cães, quanto de gatos e, de acordo com ela, o ângulo de corte é muito importante, pois a partir disso temos a possibilidade de proteger as estruturas internas da unha.
A utilização de material adequado também é fundamental, como um cortador de unhas desenvolvido especificamente para pets, sendo normalmente recomendado serrar as unhas após o corte, para que seja feito um bom nivelamento/acabamento (a lixa de unha convencional desempenha perfeitamente essa função). Caso não sinta segurança no procedimento, recomenda-se levar o pet a um estabelecimento veterinário para que seja realizado sempre sob a técnica adequada para evitar acidentes.