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Casal é morto a tiros em Altamira, na frente do filho; governo reforça segurança na cidade

Um casal foi morto a tiros na segunda-feira, 30, em Altamira, sudoeste do Pará, na presença do filho do casal. Segundo testemunhas, Camila Soares, de 19 anos e Madson Martins, de 30 anos, foram atingidos por mais de dez tiros, no momento em que chegavam em casa, no bairro Sudam II.

De acordo com testemunhas, quem atirou foi uma dupla que estava de moto e já chegou fazendo os disparos. Sem chance de defesa, Camila caiu na calçada, no portão da vila onde morava, enquanto que Madson foi baleado na cabeça morreu na hora.

Por um milagre, o filho do casal, um bebê de seis meses de idade, que ficou ferido ao cair dos braços da mãe, sobreviveu. A criança, que machucou o braço e teve escoriações foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento da cidade. Depois do atendimento médico, o bebê foi entregue a parentes.

Três vítimas perderam a vida no último final de semana em Altamira: um servidor público morto a tiros (à esquerda), e o casal Camila (no contro) e Madson (à direita).

Após as execuções, os bandidos fugiram. Com medo, a vizinhança só começou a sair de casa depois que a polícia chegou e isolou a rua para o trabalho da Polícia Científica.

Madson Martins respondia a um processo por roubo, tinha saído recentemente da prisão em liberdade condicional e era monitorado eletronicamente. Uma das pessoas executadas no final de semana, quando bebia em um bar da cidade, também tinha saído da cadeia há pouco tempo.

A CRIANÇA

A criança foi atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento e encaminhada a familiares, após acionamento do Conselho Tutelar.

REFORÇO POLICIAL EM ALTAMIRA

Nesta terça-feira, 31, O governo do Pará enviou reforços para Altamira, por meio da Secretaria de Segurança Pública (Segup), depois de uma onda de violência que deixou cinco mortos em três dias, entre sábado e segunda-feira, 30. Todas as mortes tinham características de execução.

Segundo a Segup, as equipes especializadas e de inteligência das Polícias Civil e Militar devem atuar, de forma integrada, junto às forças locais, reforçando as operações de combate à criminalidade com ações ostensivas e repressivas.

Até esta terça, nenhum envolvidos nos cinco assassinatos foi identificado ou preso. “A Segup reitera que qualquer informação que auxilie nas investigações pode ser repassada via Disque-Denúncia 181”.