Quatro meses após a morte de Genivaldo de Jesus dos Santos, de 38 anos, que foi asfixiado em uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), durante uma abordagem, a Polícia Federal de Sergipe informou que concluiu o laudo final do caso e indiciou três policiais rodoviários envolvidos no caso. O caso aconteceu no dia 25 de maio deste ano no município de Umbaúba (SE).
Os Policiais foram indiciados por abuso de autoridade e homicídio qualificado, neste caso, por asfixia e sem meios de defesa da vítima. O relatório foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), nesta segunda-feira, 26. O MPF é responsável por apresentar a denúncia à Justiça.
O MPF confirmou o recebimento do relatório do inquérito e informou que tem, por previsão no Código de Processo Penal, 15 dias para análise do inquérito e apresentação de denúncia (art. 46 do CPP).
Em nota sobre o relatório final do caso, a PF detalha terem sido ouvidas testemunhas e feita coleta de material para perícia. Laudos apontaram que Genivaldo teve morte por asfixia dentro do porta-malas da viatura da PRF, após uma abordagem na BR-101.
Agora, o caso segue para o MPF (Ministério Público Federal) em Sergipe, para que ele decida se ele denuncia ou não os policiais acusados pela PF.
RELEMBRE O CASO:
Genivaldo de Jesus dos Santos foi bordado pela PRF em uma blitz na rodovia BR-101, em Umbaúba, enquanto dirigia uma motocicleta na tarde de 25 de maio. Segundo o sobrinho da vítima, Wallison de Jesus Santos, em relato a imprensa, os policiais deram ordem para Genivaldo parar a moto. Ainda segundo o sobrinho da vítima, Genivaldo parou o veículo e os policiais pediram para que ele levantasse a camisa e o rapaz teria afirmado que estava com os remédios psiquiátricos no bolso e tinha a receita médica para provar os transtornos. Ao ver o início de uma truculência contra o tio, Wallison deu o alerta aos policiais confirmando o que o tio havia dito.
Após algumas agressões contra a vítima, Genivaldo foi jogado em um porta-malas da viatura da PRF, onde havia uma intensa quantidade de fumaça.
Nas imagens que circularam nas redes sociais na época do crime, é possível ver, pelas frestas da porta traseira, mantida semifechada, a fumaça escapando e na parte de baixo, as pernas de Genivaldo balançando em desespero, enquanto ele grita no interior da viatura.
Assim que Santos parou de se debater e gritar, os policiais colocaram suas pernas para dentro e fecharam a porta traseira da viatura, entraram no carro e deixaram o local.
*com informações do portal UOL.